A palavra multicore é utilizada para definir qualquer processador que tenha mais de um núcleo. Atualmente há vários processadores desse tipo no mercado, seja eles processadores de dois, três ou quatro núcleos. As fabricantes de processadores (AMD e Intel) tiveram que tomar este rumo com os processadores por um simples motivo: os antigos processadores estavam atingindo velocidades (ou frequências) muito altas e logo não haveria sistema de refrigeração eficiente o suficiente para que eles não chegassem a temperaturas tão altas.
Antes de continuar com a explicação sobre os multicore, talvez seja ideal falar um pouco do processador em si. Ele é a principal peça de um computador, pois ele calcula e executa tudo o que o usuário ordenar. Sendo um dos menores componentes do computador, o processador tem internamente várias divisões. Cada parte interna do CPU executa uma função específica, porém a única parte indispensável e que realmente faz o trabalho pesado é o núcleo.
O nome já diz tudo, ele fica no centro do processador e tem a função de comandar tudo. Pensando assim, pode-se dizer até que o núcleo é quase o processador por completo. E foi a partir dessa ideia que as empresas que fabricam processadores tiveram a brilhante ideia de colocar dois núcleos em um mesmo processador, sendo que eles teriam apenas de compartilhar algumas peças.
Qual a vantagem dos multicore?
Além da notável diferença em poder de processamento, os processadores de múltiplos núcleos têm uma grande vantagem sobre os antigos processadores: várias tarefas podem ser realizadas ao mesmo tempo. E não para por aí, os processadores multicore esquentam muito menos do que processadores antigos, pois cada núcleo trabalha em uma velocidade menor e consequentemente produz menos calor.
Os atuais
Ambas as fabricantes de processadores lançaram seus CPUs de dois núcleos quase que simultaneamente. Com poucas diferenças de nomes e configurações, as empresas notaram que este método seria eficiente, pois eles trariam um ganho significativo em softwares especialmente preparados para esse tipo de processamento.
Há ainda os recentes processadores de quatro núcleos, que diferem em muito poucos dos dual core. E claro, existem os desconhecidos CPUs de três núcleos, estes fabricados apenas pela AMD. A arquitetura interna (dos microcomponentes) dos processadores de três e quatro núcleos até diferenciam um pouco, mas de uma forma em geral, eles tendem a trabalhar exatamente igual aos seus antecessores.
Em breve numa loja perto de você
Como o avanço da tecnologia nunca para, em breve os processadores de dois núcleos começarão a ser aposentados. Os de quatro núcleos serão os populares e chegará a época dos processadores de seis e oito núcleos. Segundo boatos, a Intel já está trabalhando nestes processadores e eles não devem demorar muito a chegar ao mercado.
É evidente que como todo lançamento, não chega a compensar a compra de componentes tão avançados tecnologicamente. Um exemplo muito claro disso são os atuais Intel Core i7, que para os consumidores é um verdadeiro sonho de consumo, e tende a ser um sonho por muito tempo, porque são o que existe de melhor atualmente.
Um evolui, todos evoluem
A informática sempre teve este laço entre componentes e o processador sempre foi o principal responsável. Isso é óbvio, pois os processadores mudam fisicamente e exigem novas placas-mães, mas ao mesmo tempo há também uma evolução interna nos processadores, a qual traz novas tecnologias para os computadores.
Um exemplo bem claro disso é o padrão DDR3 de memórias RAM, que foi implementado nos processadores de quatro núcleos. Com a chegada dos processadores de seis núcleos, provavelmente o padrão DDR3 já não seja rápido o suficiente e será necessário substituir por um novo modelo. A parte física provavelmente será alterada e com certeza apenas placas-mãe novas poderão suportar estes CPUs.