Adquirir produtos originais nem sempre é tarefa fácil. Muitos consumidores que buscam agir na legalidade acabam encontrando dificuldade para identificar se estão comprando o aplicativo que desejam. Muitas vezes, a dúvida permanece em único quesito: devo optar por um software OEM?
Essa mesma situação ocorre com compradores que desejam atualizar a configuração de hardware. O duelo entre os produtos “BOX” e “OEM” é famoso, porém, as justificativas que são dadas para que os consumidores busquem peças OEM nem sempre são verdadeiras. Como de praxe, o Tecmundo sanará algumas dessas dúvidas hoje.
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O que significa OEM?
A sigla OEM significa “Original Equipment Manufacturer”, que em português quer dizer “Fabricante Original do Equipamento”. Produtos com o “selo” OEM não são fabricados para a venda direta ao consumidor. Esses itens são produzidos especialmente para montadoras. A lista de empresas que usa softwares e peças OEM é bem grande. Entre tantas marcas, temos a HP, a Dell, a Positivo, a Sony e muitas outras.
Drive de DVD da Sony que aparenta ser um OEM (Fonte da imagem: Divulgação/Qurren)
Computadores com aplicativos OEM, normalmente, vêm com os softwares devidamente instalados. Entretanto, eles não são idênticos aos que são comprados em uma loja de informática. Os aplicativos OEM não vêm com caixa, manual, cabos e disco de instalação. Contudo, o conteúdo propriamente dito é exatamente o mesmo.
Por que tão barato?
O primeiro motivo para o preço cair significativamente é a aquisição em grandes quantidades. Como você deve imaginar, a HP, por exemplo, vende uma quantidade significativa de computadores. Com isso, ela firma contratos com as fabricantes para adquirir licenças (do Windows, Office e outros) e dispositivos de hardwares (processadores, memórias e tudo mais que for necessário) aos milhares.
Outro motivo para a redução do custo é a garantia mais curta. As montadoras tendem a oferecer o mesmo tempo de garantia para toda a máquina, fator que faz com que as fabricantes (do software ou do hardware) não precisem se preocupar com manutenções de um produto por um tempo prolongado.
Produtos OEM da Microsoft (Fonte da imagem: Reprodução/Microsoft)
A terceira grande razão para que um produto OEM seja mais barato é a falta de “beleza”. Se tomarmos um processador como exemplo, seja um AMD ou um Intel, podemos ver que os modelos BOX vêm com caixa, manual, cooler e demais itens. Já se for um modelo OEM, ele não trará nada disso, o que reduz o custo final.
A ilegalidade sempre presente
Como você pôde perceber, os produtos OEM são fabricados exclusivamente para montadoras de PCs. Itens de hardware, em sua maioria, e softwares OEM que são vendidos em sites de informática, por exemplo, são comercializados ilegalmente.
Placa exclusiva para montadoras (Fonte da imagem: Reprodução/AMD)
Salvo raras exceções, os produtos OEM não são direcionados ao consumidor final, justamente porque a fabricante teria um prejuízo absurdo em vender poucas unidades. Se você estiver buscando adquirir um processador, por exemplo, até pode conseguir um modelo OEM direto com o fabricante. Todavia, se a CPU em questão estiver sendo vendida em algum site, que não seja o oficial, pode ter certeza de que é um produto ilegal.
O barato pode sair caro
Na onda de adquirir produtos OEM para aproveitar os preços reduzidos, alguns consumidores são enganados facilmente. Muitos vendedores usam de astúcia para se livrar de produtos usados, pois considerando que os produtos OEM não têm caixa nem outros itens de fábrica, tudo que o vendedor faz é colocar o item usado em uma embalagem qualquer e repassar como se fosse um OEM.
O truque usado pelos vendedores é meio óbvio, porque, além de não precisar fornecer uma embalagem original, eles não precisam se preocupar com o aspecto físico. É muito difícil o comprador identificar que o produto já foi utilizado, salvo exceções (como nos processadores, que é bem fácil perceber que já foi utilizada pasta térmica).
Produtos Exclusivos
Os softwares OEM dificilmente são exclusivos para computadores das montadoras, pois, de maneira geral, as desenvolvedoras desejam vender o mesmo produto para consumidores que adquiriram um PC com os aplicativos já instalados, como também para os compradores que optaram por obter o programa separadamente.
Placas de vídeo AMD Radeon exclusivas para as montadoras (Fonte da imagem: Reprodução/AMD)
Já os componentes de hardware diferem um pouco. As fabricantes, como a NVIDIA e a AMD, fornecem placas de vídeo exclusivas para o setor OEM. Isso significa que é impossível possuir determinados modelos de placas, visto que somente as montadoras terão acesso a elas. Em geral, os produtos “exclusivos” não são top de linha, de modo que o consumidor final não perde nada em adquirir um dos demais componentes disponíveis (que quase sempre são mais fortes que os OEMs).
O que você pensa sobre esses produtos?
De maneira geral, os produtos OEM não são piores que os comuns, todavia, eles deixam o consumidor sem a embalagem original e alguns outros itens. A garantia é um dos principais fatores que faz com que muitas pessoas não busquem esses tipos de produtos, ainda mais que as fabricantes não cobrem os produtos vendidos por terceiros.
Enfim, ocorre que muita gente já adquiriu produtos OEM, mas isso não significa que elas possuem um produto de baixa qualidade. Você tem algum componente ou software OEM em seu PC? Qual sua opinião sobre o comércio desses produtos? Deixe seu comentário!