A DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos) é conhecida por pesquisar e desenvolver muitos projetos de tecnologia avançada — sendo que boa parte deles são voltados para a indústria bélica. Apesar de a maioria dos sistemas desenvolvidos por lá serem voltados para os militares, há muitos deles que acabam sendo importados para a vida civil.
E existe um novo projeto sendo imaginado pela DARPA que pode se encaixar perfeitamente nisso. Trata-se de um novo sistema de localização global, que a Agência planeja criar com muito mais capacidades do que os atuais padrões de GPS — ou mesmo de GLONASS, mais utilizado no Leste Europeu. As grandes vantagens procuradas pela DARPA são relacionadas ao fim dos pontos cegos e das sincronizações frequentes.
Não há notícias sobre como está o desenvolvimento deste novo projeto, mas é sabido que a Agência norte-americana pretende fazer com que os aparelhos de localização fiquem mais autônomos. Hoje, navegadores GPS precisam se comunicar com satélites para que as localizações sejam feitas e isso acaba sendo um problema em regiões muito remotas ou com muitas interferências (de prédios ou bloqueadores).
Novas possibilidades
A própria DARPA revelou: “A necessidade de poder operar em áreas onde o GPS é inacessível, não confiável ou potencialmente negado por adversários criou a demanda por uma alternativa com temporização mais precisa e com novas capacidades de navegação.”. A Agência também revelou que trabalha com giroscópios e acelerômetros autocalibráveis e com relógios que podem se localizar no globo sem a necessidade de sinais externos.
Como já dissemos, o principal objetivo disso é levar novas capacidades para as forças armadas dos Estados Unidos, mas vale lembrar que o GPS também surgiu assim — e ainda hoje ele pode operar com os mesmos satélites em frequências diferenciadas para localização civil e militar. Isso significa que em alguns anos talvez sejá possível encontrar smartwatches com localização avançada da DARPA. Você usaria esse sistema?
Fontes