A invasão da Crimeia acaba de resultar em uma nova baixa: a cooperação espacial entre a Rússia e os Estado Unidos. Depois das recentes sanções impostas pelo governo norte-americano, o chefe da agência espacial russa, Dimitry Rogozin, ameaçou fechar as bases do sistema GPS em satélites russos, além de impedir o acesso de astronautas dos Estados Unidos à Estação Espacial Internacional.
Depois de um golpe de estado que retirou do poder o presidente ucraniano Viktor Yanukovych, a maioria da população da península da Crimeia, de ascendência russa foi a favor da reanexação da província pela antiga federação. Os Estados Unidos e a União Europeia não reconheceram este movimento e têm ameaçado o governo de Vladimir Putin com diferentes sanções até que ele retire suas tropas da região.
Com a crise diplomática entre as duas grandes potências espaciais do mundo, surgem vários problemas que podem afetar este campo. O primeiro ponto de divergência é o GPS, uma plataforma inventada pelos EUA que também se utiliza de satélites russos para funcionar, em contrapartida o governo de Putin reclama que os satélites americanos não dão suporte a plataforma russa GLONASS. O segundo ponto é a exclusão de astronautas americanos, que atualmente dependem de foguetes e suprimentos russos para acessar a Estação Espacial Internacional.
Os beneficiários da crise
A disputa é prejudicial aos dois países, já que a própria Rússia lucrava muito com suas transações com a NASA, se a crise não for resolvida até 2020, os grandes beneficiários serão as companhias espaciais privadas, como a SpaceX, que poderão tentar suprir a demanda de materiais russos e se estabelecer como parceiras mais confiáveis no campo espacial.
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