Assistir à televisão sempre foi um dos passatempos modernos favoritos da maioria das pessoas em qualquer lugar do planeta. Desde a década de 1950 esse aparelho tornou os fatos muito mais próximos e com isso, fez do espectador alguém mais inteirado do que acontece no mundo. Depois, com a internet, esse sistema de informações globais ficou ainda mais dinâmico.
Você não precisa mais estar em um determinado país para ter acesso à programação e aos vídeos que são transmitidos lá. Serviços como o YouTube, NetFlix e tantos outros permitem que o espectador se liberte da grade horária de onde mora e passe a consumir programas internacionais que antes demorariam muito tempo para chegar – se chegassem.
Até então, os dois dispositivos são separados. Quem quiser assistir aos programas da televisão ao vivo terá de ligar o aparelho e tentar acompanhar as duas tarefas ao mesmo tempo – a internet e a TV. Entretanto, o Google decide lançar algo que une as duas ferramentas em apenas um aparelho: o Google TV.
O sistema funciona como uma espécie de elo que liga a TV à internet e vice-versa. O sistema deve funcionar com o Android, mas não com o aspecto que se observa nos aparelhos celulares disponíveis no mercado. A aparência do navegador Google Chrome é a que mais se aproxima desse sistema. A boa notícia é que o Google TV é compatível com a versão 10.0 do Flash, logo, qualquer site e vídeo pode ser executado na sua televisão.
Controles remotos superespertos
Como o Google TV funciona com o sistema operacional Android, é perfeitamente compreensível que a compatibilidade entre a televisão e o seu smartphone aconteçam sem grandes problemas. Aliás, essa é uma prática muito encorajada, já que os celulares com Android são excelentes “controles remotos” nessa ocasião.
Além disso, a nova plataforma Google tem controles específicos com teclados QWERTY para que você possa fazer buscas exatas do vídeo que pretende assistir. Assim, a plataforma de televisão ganha uma nova função: um novo ponto de acesso à internet.
Compreenda melhor
Assista o vídeo abaixo para entender melhor a relação da internet com a televisão. É neste nicho que o Google TV pretende trabalhar.
2011: o mundo assiste Google!
A tecnologia desenvolvida e anunciada durante o Google I/O promete estar a todo vapor pelos Estados Unidos já na segunda metade deste ano. Porém, o serviço de televisão movida à internet só chega aos lares internacionais no ano que vem, 2011. Até lá, as parcerias com fabricantes de televisores já está mais do que sacramentada para que você não precise comprar um dispositivo separado.
Reprodução: Logitech
Marcas como Logitech e Sony já prometem fabricar o que for necessário para mudar o jeito de assistir televisão. Assim, a marca do Playstation 3 fica com o televisor Bravia e a Logitech com a “caixa Google” propriamente dita, para quem não quiser desembolsar alguns milhares em dinheiro para comprar uma televisão já adaptada.
C’est for tutti el mundo!
Não entendeu a mistura acima? Pois o Google TV seria capaz de decifrar o título que diz “É para todo mundo!”. Afinal, ele possui um sistema de legendas e tradução simultânea para qualquer idioma. Finalmente, você pode entender o que aquele cantor indiano canta ou não depender das legendas engraçadas do vídeo do filme “A Queda” em que Hitler dá uma bronca nos oficiais.
E a TV digital?
Apesar de ser um projeto muito interessante e rentável para a maioria dos meios de comunicação estrangeiros, o novo formato ainda não emplacou em terras brasileiras. Talvez o modo de se fazer televisão por aqui ainda não esteja preparado para tanta tecnologia e interatividade. Entretanto, uma coisa é certa: o Google TV vai mudar muita coisa assim que chegar.
A interação entre a televisão e os vídeos da internet pode ser perigosa a ponto de fazer com que aqueles usuários que já não eram muito fãs de assistir à programação normal – enquanto ela passa em horários engessados – desistam de tentar adaptar-se aos horários estipulados por aquela “caixa no centro da sala”.
Reprodução: itia4u
Em outras palavras, o futuro da televisão como conhecemos está com os seus dias contados. Agora, quem manda na programação é você. Afinal, quem consegue assistir a todos aqueles programas em milhares de horários diferentes, isso quando os canais não coincidem suas programações para disputar audiência?
O Google TV funciona, mais ou menos, aos moldes do TiVo. Para quem não conhece, o TiVo é uma espécie de “gravador” de programas que pode ser agendado para que você assista seus programas favoritos independente do horário que estiver em casa. O Google TV também pode fazer isso por você, porém, ele traz uma plataforma compatível com o Flash, o que possibilita um mundo de oportunidades que não existiam antes!
Nem tudo é perfeito
Apesar de ser uma ideia genial, o Google TV pode sofrer com algumas ameaças externas, ou seja, que não cabe a ele controlar. Um dos principais riscos do uso dessa tecnologia é o bloqueio por parte dos servidores de conteúdo. O Hulu é um dos provedores de vídeos que bloqueia seu conteúdo para visitantes que estejam fora dos Estados Unidos.
Se essa moda pegar, muita gente vai deixar de assistir vídeos porque o “dono” do conteúdo decidiu que não quer liberar o acesso de usuários do Google TV. Assim, é preciso considerar algumas falhas nesse sistema que, aparentemente é o sonhado pela maioria das pessoas!
Outro recurso que pode assustar e animar um pouco os futuros espectadores do Google TV é o fato de o sistema operacional ser o Android. “Mas não era um ponto positivo?”, alguns podem se perguntar. Se você analisar do ponto de vista da compatibilidade de dispositivos, é sim. Porém, existe um lado não muito bonito nessa história que se chama “atualização frequente”.
Já imaginou ter o seu programa favorito interrompido por uma atualização que decidiu aparecer na sua frente? Tudo bem, você pode pausar e assistir depois, mas é muito chato der de parar o que se está fazendo para cumprir uma atualização, não é mesmo?
E agora, já pensou em ter a sua? Pois teremos de esperar até o ano que vem!