No começo de 2012, a Google reeditou alguns de seus termos de privacidade, causando uma série de reclamações em todo o mundo. Agora, mais de um ano depois, a empresa de Mountain View terá que mudar essas políticas. Isso não vale internacionalmente (pelo menos não por enquanto), mas é uma exigência de órgãos reguladores no Reino Unido, na Alemanha e na Itália.
Em boa parte da Europa, as políticas de privacidade da Google vêm sendo alvo de reclamações há algum tempo. Entre os principais fatores que levam os consumidores e órgãos reguladores a mostrar suas insatisfações estão a coleta de dados trocados por redes WiFi, incluindo senhas, nomes de usuários e outras informações de navegação em diversos momentos.
Os comissários do Reino Unido dizem que isso levanta “sérias questões” e deram até 20 de setembro para que a empresa apresente soluções para os problemas que estão sendo anotados. Na Alemanha, as denúncias são um pouco mais sérias. Profissionais ligados a instituições de segurança digital afirmam que a Google será chamada para uma audiência por causa de “violações à transparência sobre uso e coleta de dados”.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Espanha e França já haviam entrado com pedidos similares. A motivação teria sido a mesma que foi o estopim nos outros países citados: a falta de clareza sobre quais seriam os destinos dos dados coletados pela empresa. Todos os órgãos reguladores que já pediram explicações para a Google dizem que essa “obscuridade” fere os direitos de transparência que deveria ser atribuído aos consumidores.
A resposta da Google
Em um comunicado oficial, a empresa de Mountain View afirma que trabalha em parceria com os legisladores europeus para que todos os consumidores tenham acesso às informações mais transparentes que forem possíveis. Mas, como o jornal The Guardian relembra, não há explicações de como essa transparência estaria em consonância com os pedidos dos países europeus.
Enquanto não são anunciadas soluções reais, as denúncias continuam. Há muitas reclamações em todos os países, incluindo algumas que afirmam que a Google estaria mais interessada em satisfazer às próprias necessidades econômicas, mesmo que isso se sobreponha às legislações e aos direitos dos cidadãos. Aparentemente, essa história ainda vai um pouco longe.
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