Confesse: você certamente já correu para o Google para pesquisar sobre algo relacionado à saúde, seja para saber se aquela sua dor de cabeça chata era causada por estresse ou por algo mais grave ou qualquer outro assunto. A Gigante das Buscas sabe que isso tem se tornado cada vez mais recorrente entre os usuários e por isso se uniu aos médicos do hospital Albert Einstein para criar um recurso conhecido como busca por sintomas.
O anúncio em questão foi feito em um evento realizado na sede da Gigante das Buscas nesta segunda-feira (6) em São Paulo, onde estavam presentes tanto executivos da Google quanto médicos do Albert Einstein. Na ocasião, foi mencionado que a necessidade de um serviço assim foi enxergada depois que um levantamento mostrou que uma em cada 20 pesquisas no site tinha alguma relação com a saúde.
A necessidade de um serviço assim foi enxergada depois que um levantamento mostrou que uma em cada 20 pesquisas no site tinha alguma relação com a saúde
E como fazer com que tais dados fossem validados e, de quebra, oferecessem credibilidade para os usuários da ferramenta? É aí que entram os médicos do hospital oferecendo curadoria para esse serviço da Google, que data desde março do ano passado (nesse período, doenças e condições já eram apontados pelo site) e chegando ao dia de hoje, quando buscas realizadas por sintomas também passaram a integrar esse sistema.
E como isso funciona?
Durante o evento, Berthier Ribeiro-Neto, diretor do Centro de Engenharia da América Latina da Google em Belo Horizonte, comentou que o recurso em questão foi pensado para trabalhar totalmente na tela do celular (ou seja, ele não vai funcionar caso esteja em um desktop). Ao digitar um sintoma, o usuário vai visualizar uma área diferente que conta com informações mais básicas e também páginas com explicações sobre aquilo que gerou a dúvida.
Apresentação da busca por sintomas na sede da Google, em São Paulo
Aliás, um dado para nos orgulharmos: a versão brasileira da busca por sintomas foi totalmente desenvolvida por engenheiros tupiniquins, que foram os responsáveis por adaptar o sistema para o português. Outro detalhe importante: o Brasil é o segundo país do mundo a contar com esse serviço, que nasceu nos Estados Unidos em junho de 2016.
Complementando os recursos disponíveis para o público brasileiro, também houve a menção de que o sistema vai receber atualizações constantes para incluir assuntos que estejam em destaque na mídia ou entre a população, tais como surtos (como zika e febre amarela) e outros dados que, de acordo com os responsáveis pelo projeto, estarão na rede “para ajudar a acalmar o usuário e oferecer recursos para tentar entender o que está acontecendo”.
O Brasil é o segundo país do mundo a contar com esse serviço
Caso queira, a busca por sintomas também permite salvar a sua pesquisa em PDF – o que pode ser útil para que o médico tenha uma ideia daquilo que está acontecendo com você e confirmar ou descartar a sua suspeita.
Tela da busca por sintomas no Android
Métodos contraceptivos
Além da busca por sintomas, a Google e o Einstein também apresentam hoje painéis informativos para quando as pessoas procurarem informações sobre métodos contraceptivos. Da mesma forma, todo o conteúdo foi curado e revisado por médicos do hospital e vai oferecer às pessoas mais facilidade para navegar e entender melhor as características de cada ténica.
“A busca por informação de qualidade melhora a relação médico-paciente e traz eficiência para a consulta. Nada ainda substitui a consulta médica, mas um paciente ativo e consciente é o que buscamos para ter uma sociedade mais saudável”, comentou Sidney Klajner, presidente do Einstein e médico cirurgião.
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