A Google revelou que está doando cerca de US$ 4 milhões para instituições que ajudam imigrantes a se estabelecerem nos EUA. Metade desse valor vem da própria companhia, e o restante é proveniente de doações de funcionários. Como boa parte do pessoal que trabalha na Google nos EUA é de origem estrangeira, a companhia está preocupada em como decretos do presidente norte-americano, Donald Trump, podem impactar em seus funcionários.
Na última semana, Trump assinou uma série de decretos que visam barrar a entrada de imigrantes de origem muçulmana no país, mesmo aqueles que já possuem vistos para permanecer por lá.
Mais especificamente, esses decretos suspendem por 120 dias a entrada de qualquer refugiado nos EUA, suspendem indefinidamente a admissão de refugiados sírios e barra por três meses a entrada de pessoas originárias de países predominantemente muçulmanos; Iraque, Síria, Iran, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen. Contudo, um juiz federal em Nova York invalidou temporariamente essas determinações.
Trazendo de volta
Por conta disso, empresas como a Google estão convocando de volta seus funcionários originários das localidades afetadas pelos decretos, a fim de conseguir colocar todos de volta nos EUA antes de invalidação temporária ser revogada. Em um memorando interno, o atual CEO da Google, Sundar Pichai, afirmou que 187 funcionários da empresa podem ser afetados pelas novas regras.
Vamos continuar fazendo com que líderes em Washington e em qualquer outro lugar ouçam nossas opiniões sobre esses problemas
“Nós estamos preocupados com o impacto desses decretos e com qualquer proposta que poderia impor restrições em funcionários da Google e em seus familiares, ou que possam criar barreiras que dificultem trazer grandes talentos para os EUA. Nós vamos continuar fazendo com que líderes em Washington e em qualquer outro lugar ouçam nossas opiniões sobre esses problemas”, disse a Google em um comunicado oficial.
O cofundador da empresa inclusive participou de um protesto contra os novos decretos no Aeroporto Internacional de São Francisco, a principal porta de entrada no Vale do Silício.
Google cofounder Sergey Brin at SFO protest: "I'm here because I'm a refugee." (Photo from Matt Kang/Forbes) pic.twitter.com/GwhsSwDPLT
— Ryan Mac (@RMac18) 29 de janeiro de 2017
Executivos da Apple, Microsoft, Netflix, Uber, Airbnb e Tesla também mostraram que não concordam com as novas políticas migratórias de Trump e também estão fazendo esforços similares aos da Google para ajudar os refugiados. O Airbnb inclusive está ajudando as pessoas afetadas a encontrarem abrigo temporário.
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