Essa é uma daquelas boas notícias para dar orgulho: duas equipes brasileiras estão entre as finalistas do Prêmio Impacto na Comunidade, um dos concursos da Google Science Fair. Na competição, elas vão concorrer com outras três finalistas da América Latina.
A ideia do Prêmio Impacto na Comunidade é eleger o projeto que "mais faz diferença prática em comunidades ao solucionar um desafio ambiental, de saúde ou de recursos". O vencedor será anunciado no dia 18 de julho.
A Google Science Fair é uma competição online global de ciência e tecnologia para indivíduos e equipes com idades entre 13 e 18 anos — desenvolvida em conjunto com LEGO Education, National Geographic, Scientific American e Virgin Galactic.
Finalistas
Uma das finalistas no Brasil é a jovem Kemilly (17), que notou como os alimentos produzem lixo por causa de um item quase imperceptível: bandejas de plástico e isopor. Kemilly questionou se haveria uma alternativa menos prejudicial ao meio ambiente e que gerasse menos resíduos. Sua pesquisa apontou para uma mágica planta multiuso: o Buriti.
Comunidades ribeirinhas aproveitam todas as partes dessa árvore indígena para fabricar produtos de uso cotidiano, de estética e saúde até doces e lanches. As folhas da palmeira também produzem uma fibra resistente usada em cestos e outros recipientes que podem durar décadas e são biodegradáveis. "Kemilly espera popularizar o Buriti como uma alternativa sustentável de embalagem na sua comunidade", explicou a equipe do Prêmio Impacto na Comunidade.
Kemilly, uma das finalistas
A outra equipe finalista é formada por João (15) e Leticia (18), que foram afetados por várias crises de poluição da água. Entre os desastres ambientais, estão o rompimento de uma barragem que provocou 62 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração contaminaram 500 km do Rio Doce, poluindo a água para consumo e irrigação usada por 500 mil pessoas, aproximadamente.
Com acesso limitado a tratamentos avançados para o abastecimento de água local, principalmente em meio a uma crise ambiental, os estudantes queriam encontrar uma maneira acessível e barata de tratar a água no Brasil. "A preocupação dos jovens também era encontrar uma resposta que não poluísse ainda mais o meio ambiente. Eles ficaram animados ao descobrir que a Moringa, uma planta local, pode ser a solução ideal: já abundantes na região e populares como alimento, as sementes que sobram do processamento de comida atuam como filtros de água biodegradáveis", comentou a equipe.
João (15) e Leticia (18)
João e Leticia agora querem introduzir esse sistema de filtragem na comunidade deles em Fortaleza e no resto do Brasil.
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