Os anos 2000 ficaram marcados como a década em que a música fez sua transição derradeira para o meio digital. Isso causou grandes problemas com uma série de artistas que se sentiram lesados pelo compartilhamento descontrolado de sua produção musical. Um dos maiores inimigos dos programas de trocas de arquivos foi Lars Ulrich, que liderou sua banda em uma cruzada contra o Napster, principal software de P2P da época.
Passados alguns bons anos de todas essas brigas, o Metallica parece ter aceitado as mudanças no mercado fonográfico ao liberar suas músicas para serviços de streaming como o Spotify e o Google Play Music, como a grande maioria dos músicos tem feito nos últimos tempos. E agora deve ser a vez de a Apple Music, a plataforma musical que deve ser lançada semana que vem pela empresa encabeçada por Tim Cook, receber a banda.
Um novo Lars Ulrich
Em uma entrevista no Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, na França, Lars Ulrich falou sobre o relacionamento do Metallica com a nova estrutura da indústria musical e seus meios de acesso ao público. De acordo com ele, a banda está feliz com o que o Spotify e outros serviços têm a oferecer e muito animada com o lançamento da Apple Music. Por isso mesmo e pela segurança que sente nessa plataforma, os artistas vão liberar todo conteúdo já produzido para ser veiculado pela novidade.
O depoimento acaba sendo um pouco surpreendente para os fãs do Metallica e para quem conhece bem a reputação do baterista. Ainda nessa semana a cantora Taylor Swift demonstrou grande desagrado com a Apple Music e acusou a empresa de ter a intenção de não pagar os direitos aos artistas durante os três meses de teste gratuito que oferece a seus possíveis clientes. Tudo isso foi desmentido pela companhia logo após o incidente.
Outra declaração interessante de Lars Ulrich foi que o Metallica apoia essas plataformas. Sua maior intenção, segundo ele, é que todos os meios sejam usados para divulgar a música da banda, afirmando que nada além disso interessa. Bastante altruísta para quem estava tirando o Napster do ar há mais de uma década.
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