Além de aprimorar o serviço do Google Maps, a equipe do Google Street View vem realizando outra tarefa: um grupo vem testando o mapeamento da poluição urbana em Oakland, nos Estados Unidos. Caso o experimento renda bons resultados é bem provável que ele seja efetivado e distribuído para outros centros.
O que fizemos foi basicamente miniaturizar um laboratório de análise de qualidade do ar em um carro
Para encontrar os “hot spots” — áreas mais afetadas — os pesquisadores utilizaram aparelhos de monitoramento em dois veículos, que percorreram nas ruas de Oakland ao longo de um ano e registraram a captação de 3 milhões de medições em dados registrados em mais de 24 mil quilômetros rodados.
O carros foram equipados com ferramentas geoespaciais e plataformas ambientais inteligentes que podem qualificar a qualidade do ar de forma precisa. “O que fizemos foi basicamente miniaturizar um laboratório de análise de qualidade do ar em um carro, que é capaz de fornecer medição muito boa e atualizada rapidamente”, explica a cientista Melissa Lunden, da startup Aclima. A análise foi publicada no periódico Environmental Science & Technology — clique no link para navegar no levantamento interativo.
Em prol de uma saúde melhor
Todo mundo sabe que a poluição do ar agrava os problemas respiratórios e cardiovasculares. "Este novo método nos permite visualizar os dados para que as comunidades e legisladores possam identificar as fontes de poluição nocivas e tomar medidas para melhorar a segurança e a saúde", comenta Steven Hamburg, chefe do grupo de pesquisas do Environmental Defense Fund (EDF), que toca o projeto ao lado da Universidade do Texas, do programa Google Earth Outreach e da startup Aclima.
Tudo foi projetado para ser algo que possamos levar para outros lugares
O mapa confeccionado com o levantamento traz marcações em vermelho, laranja e amarelo, que permitem visualizar os locais de maior concentração, seja de fábricas, de trânsito ou de outras fontes de degradação. Os dados são exibidos de acordo com o dia, a semana e a época do ano.
Como essas informações variam muito de uma cidade para outra, a nova técnica de medição pode melhorar a precisão para que os cientistas possam observar e identificar as diferenças mais facilmente. E mais: a ideia agora é reproduzir esses procedimentos em larga escala. “Tudo foi projetado para ser algo que possamos levar para outros lugares. Podemos começar a fazer isso em todo o mundo”, adiantou o Joshua Apte, um dos autores do texto sobre o assunto.
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