Reservar um espaço na concorrida grade de comerciais do Super Bowl é um investimento de alto risco para praticamente qualquer empresa. Isso porque é preciso ter muita certeza da mensagem que a companhia que passar sobre si ou a respeito de um de seus produtos, já que exibir um comercial no intervalo do maior evento esportivo dos EUA não é nada barato. A Google, por exemplo, gastou nada menos que US$ 5 milhões (R$ 15,6 milhões) para exibir um clipe de um minuto na edição deste ano. O item escolhido para a ação? O Google Home.
Disposta a competir de igual para igual com a Amazon nas soluções de assistentes pessoais para o lar, a Gigante das Buscas vem dedicando boa parte dos seus esforços a esse dispositivo – que foi anunciado em maio do ano, durante o Google I/O 2016. Sendo assim, nada melhor do que estampar o gadget na TV de centenas de milhões de telespectadores na finalíssima do futebol americano, certo? Certo, mas a empresa pode ter vacilado um pouco na escolha do conteúdo do filme para uma ocasião tão especial.
O problema é que esse é exatamente o mesmo material utilizado no trailer de lançamento do aparelho
Calma, não se trata de um comercial fraco ou bobinho. Como é possível conferir no vídeo acima, a produção apela para o emocional para humanizar o Google Home e mostrar como ele pode fazer parte dos seus melhores momentos, seja ajudando em uma receita de bolo para a família, dando uma mãozinha em surpresas de aniversário ou ditando o clima de uma festa com os amigos. O problema é que esse é exatamente o mesmo material utilizado no trailer de lançamento do aparelho, divulgado durante o anúncio da família Pixel e do Daydream View.
Em geral, as companhias se esforçam para criar propagandas inéditas e cheias de criatividade para fazer bonito no Super Bowl – afinal, trata-se de uma janela de oportunidade única no ano. Como o clipe original tem pouco mais de um milhão de visualizações no YouTube, dá para dizer que a Google pode estar apenas querendo levar o seu trabalho para um público bem mais encorpado e que ainda não teve acesso ao produto. Mesmo assim, não deixa de ser uma estratégia bastante inusitada para um investimento tão grande.
Será que a empresa resolveu jogar seguro com a peça de divulgação?
Talvez fosse melhor aproveitar a ideia dos aparelhos conversando na Twitch para criar algo mais descontraído e em sintonia com o público do evento esportivo, hein? Deixe a sua opinião sobre a decisão da Google em repetir seu comercial mais baixo, na seção de comentários.
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