(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)
Embora atualmente o Google Drive (antigo Google Docs) seja mundialmente conhecido e utilizado por milhões de pessoas, suas origens são bem mais humildes. O programa é na verdade uma evolução do Writely, um editor de textos baseado na internet criado por Sam Schiallace que foi adquirido pela Google em 2006.
Em uma entrevista concedida ao site The Verge, o criador da ferramenta fala sobre suas origens, discorre sobre o fracasso do Google Wave e dá suas opiniões sobre qual elemento da ficção científica ele gostaria de tornar realidade.
Segundo Shiallace, sua intenção ao criar o Writely não era exatamente aproveitar a possibilidade de que duas ou mais pessoas pudessem editar documentos. Ele afirma que a intenção era banir de vez a ferramenta que permite “trancar” textos, já que isso não faria sentido em um ambiente colaborativo.
Foi quando o produto foi adquirido pela Google que ele percebeu o quanto ele poderia ser popular. Segundo o desenvolvedor, em questão de um mês 90% dos profissionais da companhia já estavam usando o editor de textos — algo que fez com que ele sempre achasse engraçado quando críticos falavam que ferramentas baseadas na web nunca iriam dar certo.
Velocidade, conveniência e colaboração
Shiallace explica que, ao iniciar a criação do Google Docs, seu time estava focado em oferecer velocidade, conveniência e ferramentas colaborativas aos consumidores. Isso resultou no abandono de elementos como formatações avançadas, definições de margens e paginações — eventualmente, alguns desses elementos foram incorporados em atualizações do produto.
(Fonte da imagem: Reprodução/Google Drive)
Ele explica que a decisão de remover o botão “Salvar” tinha a intenção de deixar os usuários menos preocupados. Com a ausência dessa opção, não haveria a paranoia constante de clicar sobre ela para se certificar de que o trabalho feito não seria perdido por acidente.
Google Wave e ficção científica
Questionado sobre se haveria chances de que o Google Wave pudesse ser salvo, Shiallace afirmou que o problema do produto era tentar resolver muitos problemas ao mesmo tempo. Segundo ele, a tentativa de apresentar algo incomum sem que isso viesse acompanhado pela explicação do que a ferramenta poderia fazer foi o que decretou o fracasso da iniciativa.
Já em um assunto não relacionado (ficção científica), o desenvolvedor afirmou que gostaria de ver a fusão a frio se tornar realidade. No entanto, ele afirma que a humanidade poderia usar isso para destruir de vez o planeta através de atitudes pouco sábias. “Somos idiotas como espécie — nós definitivamente iríamos fazer isso se pudéssemos”, declarou.
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