Desde o lançamento do Galaxy Note 4 e do Galaxy Alpha, a Samsung parece estar realmente disposta a mudar a “cara” dos aparelhos disponibilizados no mercado. A marca dessa mudança é o abandono gradual do plástico e a adoção do metal na construção dos smartphones.
Essa tendência também se mostrou verdadeira na nova linha de dispositivos da companhia: a família “Galaxy A”, composta pelos modelos A3, A5 e A7. Nós já tivemos a oportunidade de testar o Galaxy A5, e agora chegou a vez do caçula da família. Como será que o Galaxy A3 se saiu em nossos testes? É isso que você confere em mais uma análise do TecMundo.
Especificações técnicas do Galaxy A3
- Sistema operacional: Android 4.4.4 (KitKat)
- Tela: Super AMOLED de 4,5 polegadas com Gorilla Glass 4
- Resolução da tela: 960x540 pixels
- Densidade de pixels: 245 ppi
- Chipset: Qualcomm Snapdragon 410
- CPU: quad-core de 1,2 GHz
- GPU: Adreno 306
- Memória RAM: 1 GB
- Armazenamento interno: 16 GB (expansível com cartão micro SD até 64 GB)
- Câmera traseira: 8 megapixels
- Câmera frontal: 5 megapixels
- Bateria: 1.900 mAh
- Conectividade: WiFi (802.11 b/g/n), Bluetooth 4.0, GPS (A-GPS, GLONASS, Beidou), NFC, 3G, 4G e rádio FM
- Sensores: acelerômetro, proximidade e compasso
- Extra: suporte a dois chips de operadora, selfie panorâmica e por gestos
- Dimensões: 130,1 mm (altura) x 65,5 mm (largura)
- Espessura: 6,9 mm
- Peso: 110,3 gramas
- Preço oficial de lançamento: R$ 1.199
Samsung Galaxy A3.
Design
Se você conferiu a nossa análise do Galaxy A5, deve ter reparado que praticamente não há diferenças no design dele quando comparado ao Galaxy A3. Na verdade, essa família de smartphones da Samsung manteve o mesmo visual nos três modelos disponíveis.
Isso significa que o aparelho apresenta bordas metálicas e uma tampa traseira não removível em plástico, mas que possui uma textura que imita um acabamento metalizado. Ainda na parte de trás do dispositivo, a protuberância da câmera até pode incomodar alguns.
A protuberância da câmera pode incomodar alguns.
Porém, a parte do design que mais desagradou foi a solução encontrada pela Samsung para lidar com o SIM card e o cartão de memória. Assim como nos Galaxy A5 e A7, não é possível colocar um segundo chip de operadora e um cartão micro SD ao mesmo tempo.
De um modo geral, a construção do Galaxy A3 agrada bastante. Com uma pegada firme por causa das bordas quadradas, o smartphone realmente consegue transmitir o novo conceito apresentado pela empresa.
Não é possível usar um segundo chip de operadora e o cartão micro SD ao mesmo tempo.
Tela
A tela do Galaxy A3 possui uma qualidade boa, e o seu tamanho de 4,5 polegadas é adequado ao consumo de conteúdo como vídeos e livros digitais. O controle de brilho do smartphone também agradou, oferecendo ajustes que se adaptam muito bem a ambientes iluminados e com muito reflexo.
As cores da tela são bastante fiéis, e isso fica bem claro ao analisarmos os papéis de parede que a própria Samsung colocou no aparelho. O display Super AMOLED também oferece uma boa visibilidade, mesmo quando observado a partir de ângulos desfavoráveis.
A tela do Samsung Galaxy A3 agradou em nossa análise.
Desempenho
Com um hardware bem parecido com o de seu irmão mais velho, o Galaxy A3 apresenta um desempenho bastante satisfatório. O processador Qualcomm Snapdragon 410, aliado a 1 GB de memória RAM, consegue dar conta da maioria dos aplicativos disponíveis na PlayStore.
Na execução de tarefas cotidianas, como navegação na internet, redes sociais e utilização de mensageiros, o Galaxy A3 não apresentou problemas e rodou tudo com tranquilidade. Mesma a baixa quantidade de memória RAM consegue executar apps simultaneamente sem dificuldades. No caso de jogos, até mesmo títulos pesados rodaram numa boa.
Até mesmo jogos mais pesados rodaram com tranquilidade.
Benchmark
Na realização desta análise, foram utilizados cinco aplicativos de benchmark para avaliar o Samsung Galaxy A3: o 3D Mark (Ice Storm Unlimited), o AnTuTu Benchmark 5, o GFX Bench (T-Rex HD Off Screen), o Vellamo Mobile Benchmark (HTML5 e Metal) e o PCMark. Por uma questão de comparação, incluímos nos gráficos os modelos Galaxy A5, Zenfone 5, Novo Moto G e Novo Moto E.
Vellamo Mobile Benchmark
Essa opção é bastante versátil por oferecer dois testes para os aparelhos: o HTML 5 e o Metal. No primeiro deles, o desempenho do smartphone para navegação na web é colocado à prova. No Metal, o processador é avaliado, e uma nota final é atribuída a sua performance. Maiores pontuações indicam um melhor desempenho.
Vellamo Mobile Benchmark.
3D Mark (Ice Storm Unlimited)
O 3D Mark é um dos testes de benchmark mais conceituados do mercado. Para a análise do Galaxy A3, executamos o Ice Storm Unlimited, uma das opções oferecidas pelo aplicativo. Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho.
3D Mark (Ice Storm Unlimited).
AnTuTu Benchmark 5
Esse aplicativo é um dos mais completos da categoria quando se trata de analisar o hardware de um aparelho. O AnTuTu Benchmark 5 faz testes de interface, CPU, GPU e memória RAM. Pontuações maiores representam um desempenho melhor.
AnTuTu Benchmark 5.
GFX Bench (T-Rex HD)
O GFX Bench é um teste de benchmark para avaliar a qualidade gráfica de um dispositivo. O procedimento inclui uma série de testes que avaliam, entre outras coisas, a qualidade de renderização e o consumo de energia para exibição de imagens. Pontuações maiores (calculadas em frames por segundo – FPS) indicam um desempenho melhor.
GFX Bench (T-Rex HD).
PCMark
O PCMark for Android é um benchmark de bastante qualidade e que avalia a duração de bateria do smartphone em condições reais de uso. O teste é baseado em atividades que executamos diariamente, como navegação na internet e execução de arquivos multimídia. O resultado da avaliação do Galaxy A3 mostra que ele aguenta até 6 horas e 7 minutos em uso intenso.
Inteface
A interface TouchWiz, também presente no Galaxy A3, está bem mais suave e leve nessa nova postura adotada pela Samsung. Há bem poucos aplicativos pré-instalados no sistema. E, apesar de exigir um pouco mais do hardware quando comparado a outras interfaces, essa variação do Android mostra que a empresa tem evoluído quando o assunto é a otimização do software.
Câmera
No quesito câmera, a Samsung merece um elogio por ter mantido no Galaxy A3 um sensor de mesma qualidade do presente nos irmãos mais velhos da família. Apesar de ter pedido alguns megapixels, as fotos registradas são satisfatórias e devem agradar a maioria dos usuários. Mesmo capturas realizadas em ambientes escuros apresentam uma boa qualidade
Já em relação à câmera frontal, mais um elogio para a Samsung. O sensor de 5 megapixels é o mesmo presente nos Galaxy A5 e A7, oferecendo uma ótima qualidade para o registro de selfies. Recursos como captura por gestos e selfie panorâmica também merecem destaque.
Áudio
A qualidade sonora do Galaxy A3 não surpreende, mas atendeu bem as nossas expectativas durante a análise. Na hora de reproduzir volumes muito altos, o aparelho apresenta uma leve distorção, mas no geral conta com sons limpos e bem claros. Junto com o pacote, um fone de ouvido simples, mas de boa qualidade, acompanha o smartphone.
Fones do Samsung Galaxy A3.
Bateria
No quesito bateria, nada de surpresas. O Galaxy A3 é capaz de aguentar um dia inteiro de uso moderado usando redes sociais e apps mensageiros com o 4G ativado, fazendo ligações e executando alguns jogos leves. Nessa situação, o aparelho foi capaz de chegar ao final do dia com quase 25% da bateria.
Sob uso intenso, reproduzindo conteúdo multimídia de maneira ininterrupta, o Galaxy A3 aguentou pouco mais de 5 horas e 30 minutos, um valor dentro da média para essa categoria de smartphone.
Vale a pena?
Por causa da configuração de hardware que apresenta, o Galaxy A3 pode ser enquadrado na categoria de dispositivos intermediários, brigando de frente com o Moto G e o Zenfone 5. Entretanto, a Samsung resolveu cobrar mais caro pela mudança de filosofia da marca.
Será que o Samsung Galaxy A3 vale a pena?
Esse detalhe faz com que o aparelho custe uma média de R$ 999, colocando-o em desvantagem em relação aos principais concorrentes do mercado, como os smartphones anteriormente mencionados. Investindo um pouco mais, é possível adquirir um aparelho top de linha – como o Moto X de segunda geração – e voltar para casa com um dispositivo melhor. Se esse preço não baixar para pelo menos R$ 800, a aquisição do Galaxy A3 vai continuar a ser um negócio que não vale a pena.
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