Nós motoristas convencionais, estamos com os dias contados. A Ford anunciou que pretende criar um veículo totalmente autônomo sem pedais e sem volante em até 5 anos. A ideia é que o carro sirva para frotas de automóveis que serão utilizados para fins de transporte privado ou compartilhado, como o Uber, por exemplo.
Um passo importante da Ford em direção ao seu objetivo foi o investimento massivo, feito em parceria com a Baidu, na Velodyne, uma empresa que produz sensores LIDAR – aqueles sensores que são utilizados pelos veículos autônomos para mapear seus arredores. Além dessa, a Ford também adquiriu uma licença exclusiva com a SAIPS, uma empresa israelense que produz softwares de aprendizagem para inteligência artificial.
A equipe responsável por desenvolver a área de direção autônoma deverá duplicar de tamanho até o fim de 2017, mas, ainda assim, os executivos da empresa dizem que ainda não tem como mostrar um carro ou até mesmo discutir como ele será. O foco, por enquanto, está em preparar o terreno para a produção – ou seja, preparar toda a parte de hardware e software.
Os executivos da empresa dizem que ainda não tem como mostrar um carro ou até mesmo discutir como ele será – o foco, por enquanto, está em preparar o terreno para produção
O plano da Ford, ao tirar completamente os comandos da mão do motorista, é atingir o nível 4 do SAE, o padrão internacional de automatização de direção. Nele, o veículo é capaz de desempenhar todas as funções de condução de forma automática, sendo limitado a uma determinada região de atuação.
Só consigo pensar que eles poderiam, ao menos, colocar um bonequinho igual o que tem nos táxis do filme “Vingador do Futuro”, com o Schwarznegger, sabe?
O CEO da Ford, Mark Fields, disse o seguinte: “Nós vemos os veículos autônomos como tendo tanta oportunidade e significância em mudar a sociedade quanto a linha de produção da Ford teve há 100 anos”.
A questão é que essa tecnologia não deve ser disponibilizada para o consumidor final logo de cara: ela deve ficar alguns anos exclusiva nos serviços de transporte, como uma forma de teste, antes de finalmente chegar nos carros comuns e, segundo a Ford, será mais caro, graças a quantidade de traquitanas tecnológicas necessárias para fazer com que o veículo não precise mais de você para andar por aí.
A questão é que essa tecnologia não deve ser disponibilizada para o consumidor final logo de cara: ela deve ficar alguns anos exclusiva nos serviços de transporte, como uma forma de teste, antes de finalmente chegar nos carros comuns
De qualquer forma, a Ford fez a sua jogada porque sabe que não está sozinha: a Chevrolet acaba de anunciar que está expandindo os testes de seus próprios veículos elétricos e autônomos para outras regiões dos Estados Unidos – e a rival tem uma relação bem próxima com o Lyft, concorrente do Uber por lá. Correndo por fora, a Google também está com força total testando seus próprios veículos.
É esperar para ver se finalmente os motoristas e entusiastas vão virar raças em extinção.
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