(Fonte da imagem: Divulgação/Sony UK)
Parte da linha intermediária de headphones da Sony, o MDR-10 RBT é feito para quem procura versatilidade. Capaz de trabalhar tanto com a tecnologia Bluetooth quanto através de um cabo convencional, o produto apresenta algumas características "Premium" que chamam a atenção: entre elas, hastes acolchoadas e uma pequena bolsa destinada a facilitar seu transporte.
Tivemos a oportunidade de passar alguns dias com o dispositivo, situação que proporcionou a realização de testes em diversos ambientes e situações. O resultado deste trabalho você pode conferir nesta análise, na qual apontamos as qualidade (e limitações) do acessório e damos nosso veredito quanto à validade de investir em sua aquisição. Confira nossas impressões e, após finalizar a leitura, lembre-se de registrar sua opinião em nossa seção de comentários.
Especificações técnicas
- Unidades de driver de 40 mm
- Potência: 1000 mW
- Sensibilidade: 102 dB/mW
- Impedância: 36 ohm a 1 kHz
- Resposta de frequência: 5 – 40.000 Hz
- Bateria de íon-lítio recarregável
- 17 horas de uso contínuo ou 450 horas em espera
- Bluetooth 3.0, NFC
- Cabo unilateral de 1,5 metro com extensão destacável
- Peso aproximado: 210 gramas
- Preço sugerido: R$ 999
Com ou sem fio
O ponto que se destaca no Sony MDR-10 RBT a partir do momento em que o produto é retirado da caixa é o fato de que, apesar de ser um fone essencialmente wireless, ele também pode ser usado como um dispositivo com fio graças ao cabo removível presente em sua embalagem. Isso não somente providencia a oportunidade de poupar bateria, como permite usar o acessório junto a dispositivos que não possuem conectividade Bluetooth, caso de MP3 Players como o iPod Classic ou video games portáteis como o Nintendo 3DS.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Realizar o pareamento do headphone a um aparelho eletrônico se mostra um processo relativamente simples, especialmente quando a tecnologia NFC é utilizada. Apesar de a fabricante recomendar o uso do aplicativo "Conexão Fácil NFC" para gerenciar esse processo, durante nossos testes essa etapa se mostrou desnecessária: bastou aproximar o fone a um gadget compatível para que ele surgisse na lista de conexões disponíveis e passasse a funcionar corretamente de maneira quase imediata.
Infelizmente, a conexão com dispositivos que só contam com conectividade Bluetooth se mostra um pouco mais trabalhosa graças à solução atualmente empregada pela Sony. Para realizar o processo, é preciso segurar o botão “Power” do MDR-10 RBT durante alguns segundos até que a luz que indica que o produto está ligado comece a piscar na cor vermelha pela segunda vez — feito isso, ainda deve-se segurar o botão durante alguns segundos para se certificar que tudo ocorre conforme o planejado.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Embora o processo se torne mais fácil após você se acostumar com ele, fica a impressão de que a fabricante poderia ter bolado uma maneira mais fácil de realizar a tarefa. Felizmente, durante os testes realizados o acessório não teve qualquer problema em ser detectado por aparelhos de marcas como Samsung, Apple e HTC, entre outros — estranhamente, a única limitação nesse sentido foi com o PlayStation 4, da própria Sony, que, apesar de detectar o produto, foi incapaz de se conectar a ele (situação que não acontece com o PlayStation Vita).
Já a conexão através de fios se mostra imediata, embora essa opção traga em si uma limitação. Caso você decida poupar a bateria do fone de ouvido, não será mais possível usar os controladores de reprodução e volume presentes em sua saída de som direita, cujo funcionamento fica restrito aod momentos aos quais o MDR-10 RBT funciona em seu modo wireless.
Conforto que agrada
Caso você coloque o fator conforto como prioridade na hora de escolher um fone de ouvido, provavelmente vai se pegar surpreso ao lidar com o MRD-10 RBT. A maneira confortável como o dispositivo se encaixa à cabeça (sem que haja pressão excessiva nas orelhas do usuário) e seu peso bastante leve fazem com que não seja incomum você esquecer que o produto está em uso, mesmo após utilizá-lo durante várias horas seguidas.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Entre os fatores que contribuem para essa sensação está o acolchoamento da haste que conecta as duas saídas de som: solução relativamente simples que impede que o acessório provoque irritações no couro cabeludo. Também chama atenção o formato das almofadas do fone, que "abraçam" as orelhas do usuário, contribuindo para que elas fiquem em uma posição natural e ajudando no abafamento de ruídos externos.
Mesmo após horas de uso contínuo, o MDR-10 RBT se mostra um fone de ouvido que você simplesmente não quer tirar da cabeça — caso você seja obrigado a fazer isso, o dispositivo pode ser deixado em volta do pescoço sem provocar qualquer espécie de incômodo. Com isso, o produto se mostra um caso raro quando se trata de fones supra-auriculares, podendo ser usado sem qualquer problema tanto em ambientes internos quanto ao ar livre.
Qualidade sonora
Um ponto no qual o MRD-10 RBT se assemelha com outros produtos disponíveis no mercado é o fato de o aparelho priorizar a reprodução de tons graves, embora não o faça de maneira muito intensa. Com isso, embora frequências do tipo ganhem em intensidade, elas não chegam a se sobrepor totalmente às demais, o que resulta em uma experiência sonora competente, mesmo que não exatamente perfeita — infelizmente, os tons médios se perdem em alguns momentos, o que pode tornar estranha a reprodução de estilos conhecidos por sua amplitude de frequências, como a música clássica.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
O dispositivo também atua como uma boa solução para atender ligações telefônicas, mesmo que seu microfone se mostre um pouco limitado em sua sensibilidade. Assim, embora o headphone seja uma boa solução para atender ligações que surgem enquanto você está reproduzindo músicas em seu smartphone, recomendamos procurar uma solução mais especializada caso procure um produto capaz de lidar sem problemas com softwares de comunicação por voz ou com jogos eletrônicos.
Já em matéria de isolar ruídos externos, o MRD-10 RBT se destaca por raramente exigir que você o utilize em sua intensidade máxima para conseguir "esquecer" o que está acontecendo a seu redor. Já para usuários que gostam de escutar suas músicas em volumes intensos, não há com o que se preocupar em matéria de distorções, embora apostar em uma intensidade maior torne mais claro a prioridade que o fone de ouvido dá a tons graves e intensifique a perda de frequências médias.
Vale a pena?
Embora seja considerado pela Sony como um fone intermediário, o MRD-10 RBT tem todas as características de um produto "Premium", algo que se reflete no preço cobrado pelo produto em território brasileiro. E é justamente esse o fator que deve afastar muitos compradores interessados na qualidade do dispositivo: o valor sugerido de R$ 999 faz com que as qualidades do acessório sejam esquecidas facilmente, surgindo na mente a necessidade de investir em uma alternativa mais barata, mesmo que ela não ofereça as mesmas comodidades.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Quem procura uma solução semelhante tem uma opção mais barata no modelo DR-BTN 200, que, mesmo se apresentando mais frágil e um pouco menos confortável, tem a seu favor custar aproximadamente metade do preço do MRD-10 RBT (R$ 399). Assim, a não ser que você realmente faça questão de ter em mãos a última palavra em tecnologia desenvolvida pela Sony (ou não tenha preocupações com gastos), dificilmente encontrará justificativas para investir tanto no fone de ouvido, mesmo que ele se apresente como uma das opções mais interessantes de sua categoria nos quesitos versatilidade, conforto e qualidade sonora.
O MDR-10 RBT foi disponibilizado pela Sony Brasil para a realização desta análise
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