Com foco no crescimento, Nubank fechou 2016 com prejuízo de R$ 122 milhões

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Em seu último relatório de rendimentos, o Nubank – aquele dos cartões de crédito sem anuidade e com informações organizadas via app e que perigou fechar as portas em dezembro – reportou um prejuízo líquido de R$ 122 milhões em 2016. O valor é consideravelmente maior do que as perdas do ano anterior, fechado com saldo negativo de R$ 32,7 milhões.

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A receita cresceu bastante entre 2015 e 2016, mas as despesas também

Embora a receita operacional tenha crescido de 2015 para o ano passado, indo de R$ 10,47 milhões para R$ 77,09 milhões, os gastos com a produção e envio de cartões a novos clientes também aumentaram. De acordo com Gabriel Silva, diretor financeiro da empresa de tecnologia financeira, a Nubank entrou em seu terceiro ano com foco em investimentos em tecnologia e infraestrutura.

Falando com o Valor Econômico, o executivo afirmou ter um custo baixo de aquisição de usuários, mas acaba tendo despesas justamente na hora de produzir e mandar os cartões para os novos clientes. Dessa forma, quanto maior o crescimento, mais o dia em que a startup terá lucro será adiado. Hoje, o Nubank conta com quase 1 milhão de cartões ativos.

Enquanto continuar crescendo rápido, a Nubank não deve ter lucro liquido

Prioridades diferentes

A prioridade do Nubank no curto prazo não é exatamente obter lucro líquido, mas sim buscar contas rentáveis – e os acionistas da startup entendem e sentem-se confortáveis com essa estratégia, segundo Silva. Enquanto isso, a empresa conta com R$ 500 milhões em caixa para financiar suas operações, incluindo o rotativo do cartão de crédito, a expansão de usuários e os investimentos em tecnologia.

A Nubank pode começar a cobrar anuidade? O diretor prefere não comentar

Atualmente, uma das maiores fontes de receita do Nubank é a chamada taxa de intercâmbio, que está entre os custos cobrados dos lojistas. Falando se a fintech tem planos de abandonar a isenção de anuidade nos cartões, o diretor prefere não comentar.

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