As redes sociais são, atualmente, um dos instrumentos de investigação utilizados pelas autoridades. Foi assim que a polícia de Nova York deteve o jovem Jelani Henry, de 22 anos, preso e acusado de formação de quadrilha com base em fotos no Facebook com o símbolo “Goodfellas” e curtidas em postagens relacionadas ao grupo – que, na verdade, é uma gangue.
O garoto cresceu em Harlem, uma das regiões conhecidas pela atuação de gangues naquela cidade dos EUA. Durante a adolescência, ele e o irmão fizeram parte da gangue “Goodfellas”, que se unia para um trabalho mútuo de proteção em brigas contra rivais. As curtidas em postagens relacionadas ao grupo no Facebook fizeram com que a polícia filtrasse o perfil do rapaz e o prendesse.
Promotoria severa
Em depoimento dado à Folha de S. Paulo, o rapaz afirmou que a promotoria teria utilizado fotos e curtidas na rede social de Mark Zuckerberg para dizer que Henry tinha participação na violência entre gangues, mas o jovem nunca soube dizer exatamente quais. Ele alega que apareceu em fotos com membros de gangues, mas sem violência alguma. O juiz responsável pelo caso teria negado ao garoto o direito a fiança.
Isso ocorreu em 2012. Atualmente, Henry diz que ainda utiliza redes sociais “muito pouco” e que “nem sabe exatamente por que foi preso”. “As pessoas curtem coisas só por curtir. Por que não? É para isso que existe o Facebook”, disse.
A prisão de Henry e seu irmão faz parte de uma nova tática da polícia de Nova York, que tenta conter a forte onda de violência em áreas nas quais a criminalidade não cai. Por isso a promotoria tem sido tão “radical”.
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