Em recentes declarações ao Wall Street Jounal, o responsável pelo marketing da GM, Joel Ewanick, afirmou que a montadora deve abandonar as ações de publicidade paga realizadas pela empresa no Facebook. Segundo ele, as divulgações na rede social custam mais de 10 milhões de dólares à companhia e não trazem os resultados esperados.
Apesar de a quantia representar apenas uma fatia pequena do orçamento de marketing da General Motors (quase 2 bilhões de dólares), o movimento também representa a saída de uma grande companhia desse tipo de mercado.
A empresa, no entanto, não deve abandonar as ações gratuitas dentro do Facebook, como o contato estreito com os mais de 380 mil fãs de sua página no site. Ou seja, A GM deve continuar inserida na rede social, porém sem pagar nada diretamente ao Facebook.
A Ford discorda
Se uma gigante do ramo automobilístico como a General Motors não acredita que a publicidade paga no Facebook traga resultados, outra companhia tão grande quanto ela discorda – e ainda aproveita para cutucar a rival.
Em uma mensagem publicada por meio da sua conta no Twitter, a Ford, que tem mais de 1,5 milhão de fãs na rede social, deu a entender que faltou competência à GM, dizendo: “Tudo é uma questão de execução. Nossos anúncios no Facebook são efetivos quando são combinados estrategicamente com conteúdo atraente e inovação".
Especialistas parecem concordar com a GM
Se a Ford acredita que a GM não soube aproveitar as oportunidades trazidas pela publicidade no Facebook, alguns especialistas consultados pelo Slash Gear acreditam que esse pode ter sido somente o primeiro movimento de uma verdadeira debandada de grandes marcas.
Ford cutuca a GM por meio do seu Twitter (Fonte da imagem: Reprodução/Twitter)
De acordo com o analista Nate Elliott, em vez de o site melhorar, ele tem ficado cada vez pior para os anunciantes. Além disso, a rede social também dificultaria os esforços das empresas em medir os resultados das suas campanhas.
Por fim, Elliot lembra que a utilização do Facebook em plataformas móveis tem crescido de forma sólida, mas o site de Zuckerberg ainda não apresentou uma maneira inteligente de entregar as mensagens dos anunciantes a todos os milhões de pessoas que representam os seus respectivos públicos-alvo.
Esse é o tipo de declaração que, se já não é boa de ser “ouvida” pelo Facebook, vem em uma hora bastante inadequada para a rede social. A empresa pretende promover esta semana a sua oferta pública de ações (IPO), na qual pretende capitalizar históricos 16 bilhões de dólares.
Será que uma possível debandada de grandes anunciantes, a principal fonte de receita do site, pode originar uma IPO com resultados decepcionantes?
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