“Acredito que um dia poderemos compartilhar toda a riqueza das ideias uns com os outros, diretamente, com o uso da tecnologia. Você será capaz de pensar em algo e seus amigos imediatamente participarão dessa experiência, caso queira.” Essa foi uma das respostas de Mark Zuckerberg a um questionário feito em 2015. Ao que parece, essa realidade está mais próxima do Facebook do que muitos imaginam: uma recente lista de empregos revela que a rede social busca profissionais para desenvolver “neuroimagem”, “dados eletrofisiológicos” e uma “plataforma de comunicação do futuro”.
O rol de funções que parecem ter saído da ficção científica faz parte de um misterioso grupo de desenvolvimento de hardware denominado Building 8. O objetivo da equipe, montada no ano passado, é de criar “interfaces neurais” que se parecem com o que conhecemos como leitura e comunicação mental, a telepatia da ficção científica.
Zuckerberg acredita na comunicação mental como futuro da interatividade da rede social
Cargos envolvem especialistas na mente humana
Uma das vagas requer um profissional com doutorado em neurociência, alguém que possa ajudar a transformar conceitos em realidade em dois anos. Outra busca um engenheiro para
“processamento de algoritmos para desenvolvimento de sinal de áudio”.
Equipe teria dois anos para desenvolver produtos, em parceria com universidades, pequenos e grandes negócios
A lista inclui também profissionais que possam criar “tecnologias não invasivas para neuroimagem” e “experiências hápticas imersivas e realistas”. Ou seja, algo que você possa imaginar e “tocar” somente com o poder da mente. Ainda não dá para saber ao certo como isso será concretizado, mas é possível que a empresa busque soluções com sensores e faixas para a cabeça, pois esses aparatos já foram usados para fins semelhantes no passado.
Equipe com disciplina militar
Há poucos detalhes sobre o Building 8, mas a chefe e alguns envolvidos revelam um pouco mais sobre o projeto. A responsável é Regina Dugan, que trabalhou para a agência tecnológica de defesa estadunidense DARPA e deixou o Google em abril de 2016. Quem também integra o grupo é Mark Chevillet, ex-gerente do programa de neurociências aplicadas da Johns Hopkins University.
Com a missão pública de “conectar o mundo com tecnologias que possam mesclar os mundos digital e físico”, esses associados de Zuckerberg possuem uma agenda rígida, descrita como “estilo DARPA”, em ambiente que opera com “deadlines fixos e agressivos, com grande número de parceiros em universidades, pequenos e grandes negócios”.
Regina Dugan, ex-DARPA e Google, é quem comanda o grupo responsável pelo desenvolvimento de hardware para interação por pensamento
Até agora, o Building 8 já recrutou 17 universidades para pesquisa científica. Estaria o Facebook mais próximo de uma interação mental entre os usuários? E você, o que acha disso?
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