Viajar ao espaço é algo recorrente na cabeça de milhões de crianças, tanto que uma das profissões mais citadas entre elas é a de astronauta. Agora, como se estivesse realizando um sonho, o jovem Pedro Nehme, 23 anos, vai ser o primeiro brasileiro civil a ir ao espaço — porém, o segundo conterrâneo.
Nehme é estudante de engenharia elétrica da Universidade de Brasília e vai embarcar em um voo suborbital em 2016, a bordo do foguete Lynk Mark 2. O brasileiro conseguiu a chance ao participar de um concurso da empresa norte-americana XCOR Space Expeditions, e da holandesa KLM, em 2013. Nehme foi escolhido entre 129 mil candidatos.
O concurso tinha apenas uma questão: "Em que altura um balão de hélio, lançado da Terra, estouraria?". De acordo com o brasileiro em entrevista ao UOL, "a inscrição era feita por um site, e o pessoal do concurso não forneceu nenhuma informação sobre o balão, ou seja, qual a quantidade de gás ou o peso da caixa com os sensores etc".
E sobre o resultado: "Eu fui quem mais se aproximou do ponto em que o balão estourou e ganhei a viagem. Eu realmente não esperava ganhar o concurso. Acredito que o fato de ter trabalhado com isso na NASA me deu algumas vantagens em relação a outras pessoas", disse. O balão foi solto nos EUA, no deserto de Nevada.
NASA e viagem
Em 2012, Nehme trabalhou no Goddard Space Flight Center (programa da NASA) enquanto estudava na Catholic University of America, em Washington.
O brasileiro ainda foi aos EUA estudar porque ganhou uma bolsa no programa Ciência sem Fronteiras, iniciado em 2011 pelo governo Dilma. O programa oferece bolsas de iniciação científica e incentiva projetos da área. Se você está interessado nos benefícios, clique aqui.
Já a viagem suborbital em 2016 dentro do Lynk Mark vai ter uma duração entre 45 e 60 minutos. O foguete vai realizar uma trajetória parabólica para chegar a uma altitude de até 100 quilômetros.
Para suportar a viagem sem qualquer problema, Nehme está se preparando em diversos centros. Na Filadélfia, nos EUA, realizou treinos na centrífuga Phoenix. Em abril, vai à Rússia para fazer testes de gravidade zero. Além disso, ele vai passar por simulações de falta de oxigênio, ejeção e desorientação espacial no centro de medicina da Força Aérea Brasileira, no Rio de Janeiro.
Para conferir a entrevista completa, clique aqui.
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