Cientistas da Duke University, incluindo o brasileiro Miguel Nicolelis, anunciaram o desenvolvimento de uma interface cerebral que permite a um macaco controlar remotamente e de forma independente dois braços virtuais, assimilados aos sistemas motores de controle dos primatas.
Os experimentos anteriores, que foram notícia por aqui em 2011, permitiam que os macacos-rhesus controlassem apenas um membro virtual, que depois foi separado do animal por quilômetros de distância. A ideia central das pesquisas é desenvolver no futuro interfaces neurais de controle de próteses para amputados ou vítimas de algum tipo de paralisia.
Nos testes, os animais são colocados na frente de uma conexão remota de vídeo, enquanto implantes monitoram sinais neurais dos macacos. Depois de passarem por um treinamento condicional, eles são capazes de acertar alvos na tela com os braços, provando que as cobaias possuem controle sobre os avatares "ligados".
Os movimentos não são muito fluidos, mas o resultado foi bastante comemorado: os dois primatas usados no teste foram os primeiros a realizerem o movimento com perfeição, sem o uso dos membros de verdade.
Apesar de ser apenas mais uma etapa concluída em uma longa bateria de pesquisas, o teste mostra que as interfaces neurais de controle remoto de Nicolelis são realmente funcionais, apesar de movimentos mais complexos exigirem mais do cérebro, além de mais estudos para descobrir como ativar tudo isso.
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