Japoneses criam exoesqueleto macio que permite usar o máximo da sua força

Quando pensamos em aplicações práticas para exoesqueletos, é muito fácil que a nossa mente nos leve para situações como as que vimos no filme “No Limite do Amanhã” ou, para os mais realistas, para estruturas metálicas expostas usadas por alguém para carregar coisas muito pesadas. No entanto, uma invenção de pesquisadores japoneses parece vir pra mostrar que variações menos robóticas podem estar muito mais perto da nossa realidade.

Com um protótipo criado por cientistas da Universidade de Hiroshima, no Japão, a Sensorimotor Enhancing Suit (SEnS) seria capaz de melhorar as funções sensoriais e motoras nos membros superiores e torso do usuário. A novidade se baseia em estudos intrincados do sistema nervoso em nossos corpos para criar um sistema de composição de tecido em camadas capaz de agir como uma espécie de “músculo de suporte”.

Extraindo o máximo dos músculos

Pesquisas a respeito da percepção de carregamento por seres humanos permitiram que a equipe compreendesse como o nosso corpo reage às forças que carrega. Dessa forma, foi possível notar que basta fornecer uma pequena compensação em pontos específicos dos movimentos que fazemos para maximizar as cargas que conseguimos levar por aí sem sacrificar nossa coordenação motora.

Assim, o SEnS permite que os usuários consigam usar o máximo de sua força para determinadas cargas em uma ampla variedade de movimentos. Diferentemente dos esqueletos com estruturas rígidas, motores ou componentes eletrônicos, a novidade não permite carregar coisas mais pesadas do que poderíamos normalmente, mas serve para melhorar a qualidade de vida de pessoas fracas, como idosos, e daqueles que “trabalham sob condições extremas”.

Embora certamente não seja uma ideia totalmente inédita, já que a DARPA está trabalhando em roupas passivas capaz de reduzir a fadiga em soldados e civis, o fato da SEnS ser constituída de materiais leves e comuns a torna algo muito próximo de possibilidades de implementação cotidiana. Os pesquisadores afirmam ainda que, no futuro, é possível que a novidade seja feita sob encomenda, “de acordo com os movimentos musculares de cada um”.