(Fonte da imagem: Reprodução/The Moderate Voice)
Acusado de espionagem pelo governo dos Estados Unidos após divulgar informações sigilosas, o ex-analista da CIA Edward Snowden foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por dois deputados do Partido da Esquerda Socialista da Noruega. “Seus atos reinstauraram a confiança e a abertura de princípios fundamentais na política de segurança”, disseram os políticos.
Chamados Vegar Solhjell e Snorre Valem, os deputados acreditam que o exilado contribuiu para uma ordem mundial “mais pacífica e estável” após revelar um esquema de espionagem de comunicações telefônicas e pela internet realizado por agências governamentais de inteligência norte-americanas. No documento enviado ao Comitê Nobel norueguês, que outorga o prêmio, os políticos se declararam chocados com o nível de vigilância revelado.
Eles defendem que, por meio de sua ação, Snowden ajudou a divulgar uma crítica sobre os sistemas de espionagem atuais tanto aos indivíduos quanto a países inteiros, fomentando um debate sério em nível mundial.
Candidatos não faltam
(Fonte da imagem: Reprodução/O Estado RJ)
Baseadas no testamento do criador da premiação, o magnata sueco Alfred Nobel, as regras do prêmio da Paz indicam que podem ser nomeados catedráticos formados em Direito ou Ciências Políticas, parlamentares ou antigos laureados. Essa categoria de Nobel é a única que não é outorgada nem entregue em Estocolmo.
O prazo para novas candidaturas para o prêmio de 2014 termina no primeiro dia de fevereiro. Embora o Comitê Nobel norueguês não libere os nomes de todos os indicados até o momento, sabe-se que no ano passado o total de aspirantes chegou ao número record de 259 concorrentes.
A edição de 2013 do Prêmio Nobel da Paz foi entregue para a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), que se destacou por seus “amplos esforços” para eliminar arsenais desse tipo de armamento. O trabalho da entidade ganhou visibilidade com a crise na Síria.
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