O que você mais gosta de fazer na internet? Jogar os games mais divertidos, assistir a vídeos engraçados, ouvir suas músicas favoritas ou frequentar sites e blogs? Se a sua opção for a última dessa lista, esperamos que você não seja o tipo de pessoa que comenta “First” em toda e qualquer nova postagem que você encontra.
Mas por que os “firsts” são tão odiados? E de eles onde surgiram? Quem são? Do que se alimentam? Certamente, nós não responderemos todas essas perguntas, mas tenha certeza de que vamos tentar explicar o que for possível. Para começar, vamos tentar entender direito algo que é muito importante...
O que são os “firsts”?
É muito fácil reconhecer um deles. Há grandes chances de você chegar ao final deste texto e já existir um comentário deixado por eles – sim, você acabou de abrir a página, que foi colocada no ar há poucos segundos mas os firsts não vão ler mesmo. E esse comentário vai ser muito elaborado, contendo um incrível e bem escrito texto composto por apenas uma palavra: First (que significa “primeiro”)!Eles só querem deixar uma marca no maior número de lugares possível. Há quem diga que eles são os “pichadores de carteira de colégio” do mundo digital, mas, em vez de deixarem mensagens, apenas fazem sujeira. E essa nem é a pior parte, pois o problema maior aparece quando os exterminadores de firsts entram em cena.
Os haters dos firsts
Assim como todo e qualquer grupo existente na internet, os firsts têm seus haters. Isso quer dizer que existem outras pessoas esperando ansiosamente pelo momento em que alguém vai digitar “First” em um site ou blog, apenas para responder algo parecido com “o first tem pelo no olho” ou “quem come iogurte azedo é mais legal do que o first”.
Publica aí, cara! Eu sei que você quer! (Fonte da imagem: iStock)
E as brigas não acabam aí. Depois da primeira agressão dos haters, surge mais alguém para falar alguns impropérios e, em seguida, uma quarta pessoa aparece para xingar todo mundo. Isso quando não existe alguém que decide responder com “second”, dando margem para uma verdadeira chuva de numerais ordinais nas páginas de comentários.
Independente de como as brigas começam, o fato é que nunca existe um fim efetivo para elas. A qualquer momento, alguém vai relembrar daquele conflito e os comentários voltarão a ser palco de uma verdadeira guerra civil. E é dessa forma que os firsts conseguem acabar com tudo o que existe de bom na internet.
Clínicas de reabilitação
Você já percebeu que o vírus do “first” se espalha pela internet como se fosse uma epidemia de gripe? Felizmente, existem formas de fazer com que a praga seja interrompida. Assim que você perceber que você está louco para ver uma publicação nova, apenas para ser o primeiro a comentar, procure a ajuda de um especialista.
"Você será bem recebido por nossos especialistas" (Fonte da imagem: Thinkstock)
Em todo o Brasil, começam a ser formados os primeiros psicólogos especialistas no assunto. Procure alguma clínica de reabilitação reconhecida pelo Instituto Nacional dos Psicólogos Bloqueadores de Firsts e Outras Pragas do Mundo Tecnológico Virtual e Informático (INPBFOPMTVI). “Mas como eu vou saber se sou um ‘first’?”. Existem alguns sintomas muito claros em uma pessoa que sofre desse mal:
- Abrir uma página e, antes de ler o que existe nela, procurar a parte de comentários;
- Comentar antes de ler o que está escrito;
- Comentar com frases curtas ou apenas uma palavra;
- Saber para que serve uma “barreira anti-troll de first”;
- Ficar irritado ao encontrar um “first” antes do seu.
Tudo isso pode ser sinal de que você precisa de ajuda. Por isso, não fique parado enquanto percebe o mundo desmoronando. Pegue suas coisas e corra até um centro de recuperação. Não se esqueça de que isso pode acabar com a sua vida digital e fazer você se tornar um verdadeiro parasita social.
Está duvidando? Pois a última pessoa que fez isso, hoje, mora embaixo de um viaduto (que está prestes a ser demolido, pois liga duas ruas abandonadas pelas quais só passam animais amaldiçoados por maldições malignas e amedrontadoras).
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Atenção: este artigo faz parte do quadro "Erro 404", publicado semanalmente no Baixaki e Tecmundo com o objetivo de trazer um texto divertido aos leitores do site. Algumas das informações publicadas aqui são fictícias, ou seja, não correspondem à realidade.
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