Energia nuclear
O que é energia nuclear
Energia nuclear (ou atômica) é aquela liberada durante reações que acontecem no núcleo de um átomo, sejam fissões ou fusões. Isso ocorre porque alguns elementos químicos transformam massa em energia – como diz a fórmula de Einstein “E = mc2”.
Esses processos químicos ocorrem de forma espontânea na natureza. Entretanto, existem algumas técnicas para induzi-los, como é o caso da divisão de Urânio, usada em mais de 400 centrais nucleares no mundo.
Atualmente, diversos países usam a energia nuclear, como Estados Unidos (que, inclusive, têm o maior parque do planeta, com mais de 100 usinas), França, Alemanha, Suécia, Rússia, Espanha, China e o próprio Brasil.
Como funciona um reator nuclear
De forma resumida, o reator funciona assim: dentro dele, tem o núcleo - onde a fusão ou fissão acontece -, e água - usada para refrigeração. Após a reação, a energia liberada vira calor e transforma o líquido em vapor. Com isso, a turbina que gera eletricidade é acionada.
Depois do processo, o vapor é resfriado por uma fonte externa e natural a ponto de se tornar água novamente. O líquido, então, volta ao circuito principal, local em que é reiniciada toda a rotina.
Por precisarem de fontes externas de resfriamento, usinas nucleares normalmente estão próximas ao mar, rios ou lagos.
Vantagens e desvantagens da energia nuclear
As principais vantagens da fissão ou fusão nuclear são: não dependência de fatores climáticos; a relativa abundância de Urânio; uso de espaços menores e baixo custo de produção.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Centro Estadual para Gerenciamento de Emergência Nuclear, aproximadamente meio quilo de urânio fornece tanta energia quanto 1.360 toneladas de carvão.
Apesar de poucas, as desvantagens desse processo podem ter resultados catastróficos, como por exemplo: acidentes, descarte incorreto dos resíduos tóxicos e a criação de uma bomba atômica.
Outros pontos negativos incluem um estudo feito no Reino Unido que indica que a energia nuclear não diminui a emissão de carbono e o fato de que o urânio é uma fonte não renovável. Mesmo com a abundância atual, não vai ser possível contar com ele a longo prazo.
Acidentes nucleares: o caso Chernobyl
Acidentes nucleares ficam na memória pela tragédia que causam a toda a comunidade que vive ao redor da usina. Entre os mais memoráveis está o caso de Chernobyl, que atingiu o nível 7, o mais alto na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES)
Em abril de 1986, na parte União Soviética que corresponde à atual Ucrânia, houve uma falha que resultou na explosão e incêndio da usina de Chernobyl. Estima-se que o resultado disso tenha sido o lançamento de 70 toneladas de urânio na atmosfera.
As partículas radioativas se espalharam e causaram a morte de cerca de 2,4 milhões de pessoas nas proximidades. Com o vento, pouco tempo depois, países distantes, como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá detectaram altos níveis de radiação.
Energia nuclear no Brasil: Angra 1, Angra 2 e Angra 3
Mesmo sendo responsável por menos de 5% da matriz energética do país, o Brasil mantém duas usinas nucleares, chamadas Angra 1 e Angra 2, enquanto constrói a terceira, chamada Angra 3. Todas estão posicionadas em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
A primeira a entrar em operação, em 1985, Angra 1 é capaz de produzir 640 megawatts de potência, o suficiente para suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes. Já Angra 2, que debutou em 2001, produz 1.350 megawatts, sendo capaz de atender até 2 milhões de habitantes.