Até abril de 2012, o Instagram era uma microempresa que comandava um único aplicativo que, apesar de ser um sucesso entre os donos de aparelhos com iOS (e depois Android), contava com apenas 13 funcionários. A fórmula de sucesso e a fama foram recompensadas: por US$ 1 bilhão, o Facebook incorporou a companhia, que passou a fazer parte do império bilionário de Mark Zuckerberg.
Essa é uma história de sucesso de uma startup (pequena empresa, geralmente com pouco tempo de vida, que ainda busca um lugar no mercado) que deu certo – mas nem sempre é assim.
Diariamente, uma quantidade incontável de companhias busca uma posição de conforto no mundo da tecnologia, não necessariamente para ser a próxima Apple ou Microsoft (ou ser comparada a elas), mas ao menos para garantir o sustento de seus funcionários. Abaixo, você conhece algumas delas – e é bom guardar os nomes, porque uma ou outra estará (ou até já está) presente na sua vida virtual.
Você já está decorando seu álbum virtual? (Fonte da imagem: Reprodução/Pinterest)
Talvez o exemplo mais famoso, o Pinterest já conquistou o coração do público brasileiro. A mistura de rede social com mural de fotos é um dos sites mais “quentes” da internet atual, sendo considerado até um dos mais populares do mundo – isso com menos de um ano de existência.
E essa já parece uma aposta certa: a rede social acabou de se mudar de um escritório para 25 pessoas em Palo Alto, onde Google e Facebook também deram seus primeiros passos, para San Francisco, possivelmente para um espaço muito maior. O Pinterest também já chamou a atenção da Google e, se não crescer sozinho, pode ser comprado por quantias bilionárias em breve.
Dropbox
Seus arquivos organizados e em segurança. (Fonte da imagem: Reprodução/Dropbox)
Apesar de muita gente ainda não conhecer (ou até usar, mas nem saber do que se trata), a computação em nuvem é um dos destaques da internet – e o Dropbox é um dos principais responsáveis por isso. O serviço de armazenamento não é exatamente uma startup e já é um vovô comparado a outras empresas (ele entrou no ar em 2008), mas ainda tem muito a mostrar.
O lucro é de gente grande: pouco mais de R$ 480 milhões em 2011. Com poucos gastos com publicidade, são pouco mais de 100 empregados para cuidar dos mais de 50 milhões de cadastrados – inclusive Bono e The Edge, do U2, que recentemente injetaram dinheiro na companhia. Mas seu crescimento é ameaçado porque as próprias gigantes já começam a apostar nesse segmento, como o SkyDrive, da Microsoft, e o Google Drive.
Quora
(Fonte da imagem: Divulgação/Quora)
Outra companhia que vive tentando ser gigante, mas ainda “bate na trave”. Pouco conhecido no Brasil e cheio de fãs nos Estados Unidos, o Quora é um site de perguntas no estilo Yahoo! Respostas, mas com mais seriedade e sem as bizarrices. A empresa foi fundada em 2010 por Adam D’Angelo e Charlie Cheever, dois funcionários dos primórdios do Facebook – mas é a comunidade de cadastrados que organiza e direciona a página, no estilo da Wikipédia.
Assim como o parente brasileiro, o Quora já recebeu várias críticas, mas segue crescendo: mudou-se para Mountain View (casa do Google) e agregou R$ 50 milhões em doações só em maio deste ano.
Lemon
Será que é hora de aposentar sua carteira? (Fonte da imagem: Reprodução/Money for your phone)
O empreendimento iniciado por uma brasileira já foi destaque por aqui, mas merece uma nova situação, já que passa por uma situação cada vez melhor. A startup cofundada por Bel Pesce fica no Vale de Silício e cuida de um aplicativo de controle de finanças, uma carteira virtual que já passou de 1,6 milhão de downloads.
Os investimentos ainda são menores em comparação com outros nomes da lista (o último foi de “apenas” R$ 16 milhões), mas o aplicativo é constantemente aprimorado e ganha cada vez mais visibilidade mundial.
Square
O acessório é capaz de debitar compras sozinho. (Fonte da imagem: Divulgação/Square)
Usar dinheiro em espécie para pagamentos é algo cada vez mais raro. Agora, acredite, até a leitora de cartão de crédito tem um substituto: o smartphone. Essa é a proposta da Square (não confundir com a empresa de video games), que é uma das líderes desse mercado em crescimento com um dispositivo que permite transações em débito ou crédito pelo telefone celular.
Ela é tida como “mais útil” que uma rede social, por exemplo, conquistando investimentos altos, que a fazem valer atualmente mais de R$ 2 bilhões. A Square já tirou empregados até da Google Wallet e rivaliza com ninguém menos que o PayPal – mas ela pode ir ainda mais além.
Uber
(Fonte da imagem: Divulgação/Uber)
Pegar táxi em metrópoles pode ser uma verdadeira aventura – a não ser que seu smartphone faça todo o trabalho por você. O produto da empresa Uber substitui seus gritos e perseguições atrás de carros livres por um aplicativo que se comunica diretamente com motoristas privados que estejam próximos, agendando corridas automaticamente.
Por enquanto, a empresa está restrita aos EUA (e pessoas um pouco mais ricas) e luta contra vários concorrentes, mas já ganhou investimentos de US$ 90 milhões diretamente da Amazon, uma potencial compradora. O Brasil até tem uma empresa que corre nessa mesma pista, a TaxiAqui. Será que ela também vai longe?
Meteor
Na mira de gigantes, o Meteor deve levar alguns meses para sair do papel. (Fonte da imagem: Reprodução/Business Insider)
Uma das mais novas sensações da indústria, a novata Meteor Development Group é uma “startup para startups”. O produto da companhia é uma plataforma que facilita a criação de aplicativos, incluindo conexões com redes sociais e outros serviços que costumam gastar muito tempo de desenvolvedores. Com o mercado de tablets e smartphones cada vez maior, é a chance de muita gente ter o produto próprio.
O jovem Debergalis vai se aventurar no mercado das pequenas empresas. (Fonte da imagem: Reprodução/Business Insider)
A imprensa descobriu a Meteor recentemente, quando ela recebeu seu primeiro grande investimento, de quase R$ 23 milhões. O mais incrível? O time de Matt Debergalis é composto de apenas quatro pessoas (incluindo ele próprio!) Em breve, ela já deve entrar na lista de alvos das gigantes.
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Nenhuma empresa de tecnologia, seja ela famosa mundialmente ou uma ilustre desconhecida, começa do topo. Mas se uma, todas ou nenhuma delas vai conseguir atingir o estrelato, só o tempo e milionários dirão – e, se fosse tão fácil prever essas coisas, muita gente estaria rica ao apostar nessas companhias. Só uma coisa é certa: com elas, o mundo da tecnologia só tem a ganhar.
Fontes: The New York Times, Mashable, Bloomerg, Business Insider
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