Pessoas que vivem em cidades que sofrem com inundações ou enchentes constantes sabem como esses problemas são preocupantes. Por conta disso, governos locais gastam milhões de reais todos os anos com a limpeza e a manutenção de bueiros, além de precisar lidar com as consequências dessas catástrofes. Mas como encarar essas situações?
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A conscientização para que a população não jogue lixo nas ruas parece não estar sendo efetiva o suficiente, motivo pelo qual soluções inovadoras precisam ser implementadas. Esse é o objetivo da NetSensors, startup que quer instalar "bueiros inteligentes" nas cidades que sofrem com inundações e enchentes.
O que são os "bueiros inteligentes"?
A ideia da empresa, na verdade, não é modificar a estrutura de captação pluvial atualmente existente nas cidades, mas complementá-la com um sistema inteligente. A NetSensors fabrica sensores volumétricos que são fixados em um cesto plástico colocado dentro de bueiros e funcionam como um filtro, retendo resíduos sólidos e impedindo que essa sujeira chegue até os rios ou fique acumulada provocando entupimento.
Depois de instalados, os sensores volumétricos podem informar, em tempo real, quando um cesto atingiu a capacidade necessária para ser esvaziado. Esse dispositivo avisa as autoridades locais, que podem mobilizar equipes para providenciar a limpeza desses bueiros antes que eles provoquem enchentes.
Como surgiu essa ideia?
Esse projeto foi concebido por Carlos Chiarada após a participação em um workshop em Brasília sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos. O empreendedor e economista identificou a oportunidade de aplicar uma tecnologia para cidades inteligentes visando à retenção de resíduos sólidos em bueiros. Para colocar a sua ideia em prática, ele se uniu ao engenheiro mecatrônico Vitor Paludo e ao administrador de empresas Marcelo Lima para criar a NetSensors.
“Com a combinação de nosso cesto plástico com um sensor inteligente, um aplicativo e um software de gestão, permitimos aos gestores públicos realizar um monitoramento remoto, proporcionando gerenciamento operacional do sistema de limpeza mais eficiente e econômico”, disse Chiaradia. “As cidades podem evitar enchentes e tornar o processo de limpeza 25 vezes mais rápido”.
Desafio Cisco de Inovação Urbana
A NetSensors é uma das cinco startups vencedoras do Desafio Cisco de Inovação Urbana, programa que visa selecionar empresas que ofereçam soluções inovadoras e inteligentes que estejam comprometidas a melhorar a qualidade de vida na cidade do Rio de Janeiro.
Essas startups foram selecionadas entre 15 finalistas e estão participando de um programa de aceleração profissional apoiado pelo Centro de Inovação da Cisco, no Rio de Janeiro. O objetivo é que as cinco soluções sejam implementadas no Porto Maravilha nos próximos meses.
“O objetivo do Desafio foi incentivar o ecossistema de inovação e o desenvolvimento de aplicações de software digital em cima da plataforma urbana conectada que a Cisco está implementando no Porto Maravilha. O que os finalistas do Desafio Cisco nos mostraram foram propostas que procuram formas diferentes, criativas e inovadoras de resolver problemas do cotidiano de cidades grandes, como a mobilidade, a gestão de serviços públicos, a melhoria dos transportes públicos e das telecomunicações”, afirma Nina Lualdi, Diretora Sênior de Inovação para América Latina da Cisco.
O Desafio faz parte da iniciativa da Cisco de Inovação Urbana no Porto Maravilha, um dos projetos da empresa para contribuir para a construção de um legado duradouro para a transformação da cidade do Rio de Janeiro. Através de ações dos setores público e privado, o Porto Maravilha será um modelo de bairro inteligente, com zonas residencial e comercial, rede de transporte público e infraestrutura de telecomunicações eficientes.
A visão da Cisco, alinhada com a da Prefeitura do Rio de Janeiro, é tornar a área do Porto Maravilha um exemplo único de um "Bairro Mais Inteligente e Mais Humano", através de uma plataforma interligada e serviços inteligentes. Assim, cidadãos e visitantes poderão se conectar não somente entre si, mas também com a cidade e com o governo.
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Este publieditorial foi patrocinado pelo Desafio Cisco de Inovação Urbana.
Fontes