Um novo semicondutor bidimensional recém-desenvolvido pode superar o silício em desempenho. Feito com estanho e oxigênio (monóxido de estanho), esse material possui a espessura de apenas um átomo, sendo considerado um material 2D. Suas propriedades de condução elétrica são maiores do que a do silício tridimensional, conduzindo cargas elétricas muito mais rapidamente.
Esse semicondutor feito à base de estanho é muito parecido com a nova geração de materiais bidimensionais, como o grafeno, o estaneno e o borofeno. Todos eles possuem propriedades elétricas impressionantes, alguns deles conduzindo elétrons de maneira que o ser humano sequer sonhou ser possível. Ainda assim, até esses novos materiais substituírem o tradicional silicone de dispositivos eletrônicos, é um longo caminho a ser percorrido.
Movendo elétrons e seus espaços vazios
O funcionamento de um semicondutor não é tão simples assim: em vez de apenas mover elétrons de carga negativa, ele também tenta interagir com os “vazios” carregados positivamente, ou seja, os locais não ocupados por elétrons, mas que poderiam estar. Esse tipo de material é aplicado nos transistores que compõem, por exemplo, um chip de computador.
Pela primeira vez, um material bidimensional é capaz de conduzir tanto os elétrons negativos quanto os “vazios” positivos contra eles, aumentando em muito a velocidade de condução da carga elétrica. Tudo isso é impulsionado pela arquitetura em 2D do material, que faz com que tudo seja conduzido mais rápido.
Tecnologia a favor do usuário
O desenvolvimento desse monóxido de estanho pode permitir a produção de chips menores e mais velozes do que aqueles que existem hoje. A estrutura bidimensional faz com que o material não esquente tanto, o que ajuda muito a condução elétrica e aumenta o desempenho geral, pois os elétrons colidem menos. Isso diminui a necessidade de resfriamento e pode aumentar a duração da bateria de um dispositivo, por exemplo.
Apesar das boas-novas, os primeiros protótipos utilizando um semicondutor bidimensional de monóxido de estanho só devem aparecer daqui dois ou três anos, e apenas assim o elemento vai ser capaz de substituir o silício em sua importante função.
Imagine como seria um smartphone com semicondutores de monóxido de estanho. Comente no Fórum do TecMundo
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