Livro de 1665 apresentava mundo microscópico para os leitores (Fonte da imagem: Reprodução/Google Books)
De vez em quando, o Tecmundo acaba publicando algumas fotos que revelam os pormenores do mundo microscópico, como aquelas selecionadas para o concurso Nikon Small World. Muitas fazem com que seres minúsculos se pareçam com verdadeiros gigantes. Curiosamente, esse tipo de conteúdo começou a surgir no século 17, mas de uma maneira bem mais trabalhosa.
Em janeiro de 1665, o funcionário público Samuel Pepys escrevia mais uma página do seu famoso diário, que viria a se transformar em um importante documento de eventos famosos, como a Grande Praga e o Grande Incêndio de Londres. Na ocasião, Pepys contava que tinha ido dormir às 2h da madrugada lendo um dos livros “mais ingênuos” com que ele já havia entrado em contato: “Micrographia”, de Robert Hooke.
(Fonte da imagem: Reprodução/Google Books)
O volume, publicado no século 17, tornava público pela primeira vez como era a visão de alguns objetos e insetos pelas lentes de um microscópio, instrumento que começou a aparecer no mundo por volta de 1590 e só foi ganhar popularidade entre os anos de 1660 e 1670. O autor do livro, Robert Hooke, possuía prestígio entre os filósofos naturalistas da época e foi o primeiro homem da Inglaterra a fazer uso científico do microscópio.
“Micrographia” está disponível na internet
Como é possível imaginar, “Micrographia” é um livro bastante raro e poucos têm a chance de poder manusear as folhas amareladas desse livro. Entretanto, o livro está disponível na internet para que todos possam ler e conferir as belas ilustrações.
(Fonte da imagem: Reprodução/Google Books)
Quem estiver interessado na obra pode consultá-la gratuitamente em pelo menos três websites: Projeto Gutenberg, Linda Hall Library e no Google Books. Entre as curiosidades encontradas no livro estão desenhos de minúsculos insetos, pedaços de plantas e até mesmo cristais formados por urina congelada (não pergunte).
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