Afinal, o DVD morreu?

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Será que os discos ópticos sobreviverão aos serviços como o Netflix? (Fonte da imagem: Divulgação/iStock)

A humanidade já passou por isso quando começou a deixar de lado as mídias magnéticas, como fitas K-7, disquete e VHS. Já faz algum tempo que elas foram substituídas por alternativas ópticas, que oferecem mais durabilidade e confiabilidade para os dados armazenados.

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Agora, parece que os discos lidos por feixes de laser também estão com seus dias contados. Os principais culpados pela nova mudança são os centros de mídia, que custam menos de R$ 400 e permitem conectar sua televisão à internet, e os inúmeros serviços de aluguel ou venda de vídeos via streaming, que promete praticidade e entrega imediata do conteúdo adquirido.

Como sempre, há quem defenda a presença de DVDs e Blu-rays e aqueles que já se adaptaram muito bem aos serviços online, como o Netflix, e hoje não quer nem saber de mídia física. Mas é claro que existem vantagens e desvantagens dos dois lados e, sendo assim, nada mais justo do que listarmos quais são os prós de cada solução e deixar que você decida qual é a melhor opção.

O mundo dos discos ópticos

Inventado em 1958, o disco óptico chegou mesmo ao mercado apenas em 1978, com o Laserdisc (LD). Tendo 30 centímetros de diâmetro, o LD foi dando espaço para mídias cada vez menores e com recursos inovadores para a época, como a possibilidade de regravar o conteúdo de um CD ou DVD.

Fácil de usar

Assistir a filmes é muito mais fácil do que pela internet (Fonte da imagem: Divulgação/iStock)

Um dos argumentos a favor do DVD é o fato de que ele é fácil de usar. Basta posicionar o disco na bandeja do player e pressionar Play para assistir ao filme. Por mais que a tarefa de controlar um media center pareça trivial, vale a pena lembramos que as pessoas com um pouco mais de idade não possuem tanta intimidade com esse tipo de tecnologia.

Sendo assim, é mais fácil para os seus pais ou avós assistirem ao conteúdo de um DVD do que um filme via streaming.

Dispensa internet

DVD Player dispensa o uso da internet (Fonte da imagem: Divulgação/iStock)

O acesso à internet ainda está conquistando em nosso país. De acordo com reportagem da revista Época, 48% dos brasileiros já possuem acesso à grande rede. E apesar de essa ser uma boa notícia ― visto que em 2007 as pessoas conectadas somavam apenas 27% da população ―, fato é que depender da internet para assistir a um filme pode ser um grande empecilho para alguns.

Qualidade de imagem e áudio

Uma das vantagens do DVD e do Blu-ray é o fato de a imagem continuar a mesma, independentemente da largura de banda da sua conexão com a internet. Além da possibilidade de que o serviço de streaming possa controlar, automaticamente, a qualidade do vídeo, pode ser, também, que o próprio cliente seja obrigado a selecionar uma resolução baixa por causa das limitações de largura de banda que ele possa enfrentar.

Além da qualidade de imagem, outro fator que conta muitos pontos a favor do DVD e do Blu-ray é o áudio disponível nos discos, sempre superior ao que os serviços online podem oferecer. Outro ponto é o fato de que, muitas vezes, as opções de dublagem e legenda continuam sendo maiores nos discos ópticos.

Conteúdo extra e edições especiais

Convenhamos, nenhum serviço online substitui este box especial de Harry Potter (Fonte da imagem: Amazon)

Outra vantagem de filmes em DVD e Blu-ray que ainda não foi bem incorporada pelo equivalente digital é a presença de conteúdo extra, como cenas que foram excluídas da versão final, comentário do diretor, biografia do elenco e tomadas com ângulo diferente para os trechos mais famosos.

Além disso, não há como negar o atrativo estético que algumas edições especiais de filmes e séries possuem, com embalagem em forma de personagens ou objetos com participação importante no roteiro. Algumas chegam também a incluir itens que deixam qualquer colecionador babando, como fotogramas e pôsteres.

Streaming: abaixo à mídia física

Os serviços de vídeo sob demanda começaram na década de 90, na Inglaterra. Apesar de terem ficado famosos com a TV a Cabo e seus títulos disponíveis via sistema pay-per-view, foi com a internet que esse tipo de serviço se popularizou para valer. Hoje, é possível comprar um centro de mídia de marcas famosas por menos de R$ 400 e, por meio dele, ligar o televisor à internet. Depois disso, basta se controlar para não estourar o limite do cartão de crédito com filmes e séries entregues instantaneamente.

Chega de estantes

iTunes store já faz parte da realidade brasileira (Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

A primeira vantagem que alguém percebe ao comprar a versão digital de um filme é o fato de que não é preciso encontrar espaço na estante para guardar mais uma caixinha depois de assisti-lo. Basta transferir o arquivo para o media center ou HD do computador e deixa-lo lá, muito bem guardado.

Locadora aberta 24 horas

Outra vantagem é que o filme que você deseja está sempre disponível no estoque. Não há a necessidade de esperar alguém “devolver” um título antes de você alugá-lo. Além disso, no caso de compra, o prazo de entrega é o de alguns minutos, de acordo com a largura de banda da sua conexão à internet.

Plano mensal, filmes ilimitados

Pagamento mensal dá acesso ilimitado a um grande acervo

O mercado de mídia digital também teve que se adaptar à vontade insaciável de consumir informação que os muitos internautas possuem. Por isso, em vez de vender filmes por título, algumas empresas oferecem um plano que, mediante pagamento mensal, dá direito ao uso ilimitado do sistema, que na prática significa acesso contínuo a milhares de opções.

Qualidade suficiente

Se por um lado os DVDs e Blu-rays possuem uma melhor qualidade de imagem e áudio, são poucas as pessoas que realmente se importam com isso. Para a maioria delas, a qualidade do conteúdo comercializado por serviços online é mais do que o suficiente para se divertir em frente à telinha.

Maior durabilidade

Por mais que a indústria prometa uma vida útil de 100 anos para um disco Blu-ray, nada se compara à durabilidade de um arquivo digital, que pode ser replicado em servidores online e até mesmo em soluções domésticas de backup, podendo sobreviver a muitas gerações.

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Pelo visto, parece que, assim como o livro impresso, os DVDs e outras mídias ópticas ainda sobreviverão por um bom tempo. Entretanto, não há como negar que, com o surgimento de novas tecnologias e a adoção de conexões cada vez mais rápidas, a comercialização de conteúdo digital é uma séria ameaça a esse tipo de mídia.

Agora, passamos a bola para você: com base nos argumentos acima, você já está preparado para deixar o DVD de lado? E o conteúdo via streaming, já faz parte da sua vida?

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