Embora o entretenimento seja o setor que impulsiona e faz os ajustes finos em grande parte das tecnologias visando o usuário final, é no ramo militar que as grandes revoluções tecnológicas costumam acontecer primeiro. Os drones aéreos, por exemplo, são usados há tempos em missões de guerra, e hoje servem até para entrega de pizza para civis. Porém, uma nova safra desses robôs está sendo desenvolvida para auxiliar as forças armadas em tarefas específica, como é o caso de uma esfera anfíbia criada para dar conta de qualquer terreno.
Durante conflitos, o reconhecimento de área ou a retomada de algumas regiões controladas por inimigos são ações difíceis de ser realizadas pelos soldados, como em praias, beiras de lagos e outros terrenos alagados. Para tornar esse tipo de atividade menos perigosa e mais eficiente, uma equipe de pesquisa está desenvolvendo um drone terrestre chamado GuardBot. O robô é uma esfera que nada a cerca de 6,5 km/h na água e pode chegar a até 32 km/h em terra firme – em terrenos com inclinação de até 30 graus.
Toda movimentação e controles do GuardBot é feita através de um sistema de propulsão e estabilização de nove eixos, utilizando um tipo de pêndulo para alterar o centro de gravidade da esfera conforme necessário. O projeto levou sete anos para ser desenvolvido, mas valeu o tempo investido, já que o criador Peter Muhlrad conseguiu emplacar um contrato com a Marinha norte-americana. O acordo permite que o engenheiro e sua empresa utilizem os laboratórios militares para ampliar as funcionalidades de sua pesquisa.
Atualmente, a equipe está trabalhando com oficiais da Marinha para testar sua criação em situações reais de batalha, embora mais informações nesse sentido não tenham sido divulgadas. Muhlrad afirma que, dependendo da captação de recursos, uma versão mais atualizada do produto possa ser lançada em até dez meses. Outro dado interessante é de que o robô esférico pode ser fabricado nos mais diversos tamanhos, indo desde unidades de apenas dez centímetros até outras mais encorpadas, com cerca de 1,8 metro.
O drone acompanha um conjunto de câmeras que pode transmitir todos os passos das missões em tempo real para sua base de controle, assim como é possível acoplar um conjunto de detecção de explosivos em regiões mais arriscadas. Porém, mais do que um auxílio para reconhecimento de terreno, o GuardBot pode ser utilizado ofensivamente, já que Muhlrad afirmou que todos esses itens mencionados anteriormente podem ser substituídos por quantidades razoáveis de explosivos.
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