O Galaxy S23 e o futuro iPhone 15 que se cuidem. O que os millenials estão procurando nos EUA são os “telefones burros”, aqueles celulares antigos no estilo flip ou "Nokia Tijolão" – hoje fabricados pelo HMD Global – que foram muito populares nos anos 2000. De acordo com a fabricante, o hype continua, pelo menos no mercado americano, onde as vendas dos também chamados feature phones aumentaram em 2022.
Em uma reportagem da CNBC na quarta-feira (29), o youtuber e minimalista digital Jose Briones tentou explicar o fenômeno: “Acho que você pode ver isso com certas populações da Geração Z – eles estão cansados das telas”. De acordo com o influenciador, optar por um aparelho com menos recursos é uma forma de cortar a dependência aos conteúdos digitais.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Citada pela emissora, a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research esclarece que, embora as vendas de feature phones tenham caído globalmente, a tendência é de alta nos EUA, principalmente entre os jovens, que chamam agora os tradicionais celulares de flip de detox digital.
Como está o mercado dos telefones burros no mundo?
Nas chamadas publicitárias, o feature phone é apresentado como "detox digital".Fonte: Punkt
"Eu posso ver um aumento de até 5% nos próximos cinco anos, se nada mais, com base nas preocupações de saúde pública que estão por aí", afirma o analista de tecnologia Patrick Moorhead à CNBC. Naturalmente, esse número fará muita diferença em um mercado onde 80% das vendas ocorrem, por motivos econômicos, em países do Oriente Médio, África e Índia.
De olho nesse nicho emergente, não é só a HMD, que desde 2016 tem licença para fabricar aparelhos com a marca Nokia, que investe nesse mercado. A suíça Punkt e a startup americana Light estão se especializando em vender dispositivos minimalistas destinados a um público que deseja cada vez mais se afastar das telas de seus smartphones e das mídias sociais.
Não é ser contra a tecnologia, diz o cofundador da Light, Joe Hollier, mas, sim, fazer uma escolha consciente.
Fontes
Categorias