Apple vai liberar 5G 'de verdade' para iPhones no Brasil com o iOS 16.4

Os usuários de iPhone que instalaram a versão iOS 16.4 beta no dispositivo agora podem navegar com a velocidade máxima da conexão móvel 5G no Brasil. A opção de conexão 5G Standalone (SA) foi liberada nas configurações dos smartphones da Apple que contam com as operadoras Vivo e TIM.

• Apple trabalha com operadoras brasileiras para liberar o 5G 'puro'

Embora a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tenha liberado a tecnologia para todas as capitais, a conexão oferecida pelos iPhones é a 5G Non-Standalone (NSA), que usa a infraestrutura do 4G para expandir a nova tecnologia enquanto a quinta geração não tem redes exclusivas.

É. Finalmente a Apple trouxe o 5G SA para os iPhones do Brasil, pelo menos na Vivo.

Infelizmente não tenho chip da Claro pra testar.@MacMagazine pic.twitter.com/Ga9fPzy4VE

— Vitor Gomes (@vctgomes) February 28, 2023

Isso acontece porque a infraestrutura dedicada ao 5G requer altos investimentos e deve demorar para chegar ao Brasil. Segundo um estudo da Ericsson, o custo de implementação da conexão mais veloz deve girar em torno de US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 33 bilhões).

Nos Estados Unidos, o 5G "de verdade" está disponível a partir do iOS 14.5, sendo oferecido por operadoras como a T-Mobile. A versão iOS 16.4 ainda está em testes e não há uma data prevista para liberação para todos os usuários de iPhone.

5G puro e 5G impuro

A conexão de "verdade" do 5G pode alcançar taxas de transferências de 20 gigabytes por segundo.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

Todo o potencial do 5G — como a alta velocidade com baixíssima latência — está disponível apenas no modo SA, considerado a quinta geração de conexão "pura". As redes 5G NSA ou DDS (compartilhamento dinâmico de espectro) são tecnicamente 5G, mas não têm um espectro dedicado. Por isso, foram apelidadas de 5G "impuro".

O 5G NSA oferece uma conexão mais veloz que o 4G, mas não alcança taxas de transferências da ordem de gigabytes, como o 5G SA. O formato "impuro" também apresenta taxa de latência maior que o "puro". Apesar disso, não há diferenças significantes no uso mais comum entre as duas conexões, como as redes sociais.