O lançamento de uma versão do iMessage para o Android, que chegou a ser cogitado em 2013, seria um “desperdício” e teria “impedido a inovação”, caso acontecesse. Quem afirma é o vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, Craig Federighi.
Em entrevista ao The Wall Street Journal na terça-feira (25), o executivo falou sobre este e outros assuntos. Na conversa, foi relembrado um e-mail enviado há nove anos, que veio à tona durante o processo da Epic Games, no qual ele dizia acreditar que a disponibilidade do mensageiro no sistema rival serviria apenas para aumentar as vendas dos celulares Android.
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Federighi voltou a defender a decisão da companhia de manter o iMessage exclusivo para os dispositivos da Apple. De acordo com o profissional, a versão do app de mensagens para a plataforma concorrente não teria adesão em massa e, de certa forma, impediria a gigante de Cupertino de desenvolver inovações para os seus próprios clientes.
Apple’s Craig Federighi and Greg Joswiak (@gregjoz) join @JoannaStern at #WSJTechLive to discuss products, privacy and power at the tech giant https://t.co/fNo2JGwMB4 https://t.co/aGrTlZrUo4
— The Wall Street Journal (@WSJ) October 26, 2022
Por causa disso, a empresa decidiu escolher onde “podia fazer a diferença”, explicou o executivo, referindo-se a opção por não lançar o mensageiro no sistema do Google. Se o serviço de mensagens não chegou ao Android, outros produtos da marca, como o Apple Music e o Apple TV, estão disponíveis lá.
iMessage x RCS
As explicações de Federighi sobre os motivos de o iMessage não estar no Android são o capítulo mais recente de uma disputa entre Apple e Google, que já dura anos, sobre os serviços de mensagens. Recentemente, a gigante das buscas lançou uma campanha para pressionar a Maçã a adotar o padrão Rich Communication Text (RCS) em seu mensageiro.
Conforme a empresa de Mountain View, a mudança traria melhorias significativas e mais segurança na experiência dos usuários durante a troca de mensagens entre os telefones Android e o iPhone. Porém, a dona do iOS não parece disposta a adotar a tecnologia, pelo menos no momento.
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