Lançado em maio deste ano por R$ 3,5 mil, o valor sugerido do Galaxy M53 5G claramente pode afastá-lo do consumidor. Mas, agora, meses após o seu lançamento, esse aqui é um dos celulares mais interessantes para quem pretende ingressar no 5G sem gastar muito.
Mas, claro, o celular também pode parecer um pouquinho perdido dentro do portfólio da Samsung, que conta com outras opções de mesmo preço, porém mais interessantes. Confira no review do TecMundo o que o intermediário das linhas mais básicas da marca pode oferecer.
Design e tela
O Galaxy M53 5G é, atualmente, um dos melhores celulares intermediários da linha mais básica da Samsung. Para quem busca uma opção ainda mais em conta, o Galaxy M23 5G faz esse papel.
No caso do M53, temos um aparelho grande e com visual sóbrio, trazendo apenas um "quadradinho" na traseira para o conjunto de câmeras. Disponível nas cores azul, verde e marrom, ele traz um design sem firulas e bastante fino, mas relativamente pesado e "esticado".
O aparelho é construído em plástico e não traz um conector para fones de ouvido (P2). Ele também não tem nenhuma proteção significativa contra água, sendo um corte até natural para a sua faixa de mercado.
Peso e dimensões do Galaxy M53 5G: 176g, 164.7 x 77.0 x 7.4 mm
O leitor de impressões digitais do M53 fica aqui na lateral direita, junto dos botões de volume. Mas apesar do celular trazer uma boa ergonomia, esses botões ficam quase no final da lateral, o que dificulta aumentar e até mesmo abaixar o som.
Na frente, temos um aparelho com bordas finas (menos na área inferior, onde ela é maior) com um furo centralizado para a câmera frontal. Nesse ponto, não há muita diferença em comparação com o M52 5G.
A tela do novo modelo tem as mesmas 6,7 polegadas de tamanho, resolução Full HD+, tecnologia Super AMOLED+ e taxa de atualização fixa de 60 Hz ou 120 Hz. Não há muita diferença em comparação com o modelo anterior, mas a boa qualidade se manteve.
Galaxy M53 reproduz YouTube e Netflix em Full HD.
O brilho dessa tela é alto, ela possui bons ângulos de visão e é bastante confortável para jogar ou assistir. Principalmente para assistir. Até aqui, sem ressalvas, já que as cores também são vibrantes, ainda que sem HDR, e podem ser calibradas.
Já a saída de som é única e com volume baixo, mas traz equilíbrio. Ou seja, as músicas não costumam ficar estridentes com o volume máximo. O lado ruim mesmo é não ter a saída estéreo no próprio aparelho, já que essa ainda pode ser abafada dependendo de como você segura o celular.
Desempenho e software
A ficha técnica do M53 não é exatamente modesta, já que ele conta com recursos como NFC, o próprio 5G (SA), Bluetooth 5.2. Mas ele ainda é um intermediário. Temos aqui o chipset MediaTek Dimensity 900, 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. Ele também conta com os adicionais do slot para microSD e o RAM Plus, que aloca de 2 GB a 8 GB de memória.
O celular também vem com Android 12 e One UI 4.1, com a promessa de três atualizações do sistema. Então, nesse aspecto, temos sim um conjunto bem interessante de hardware, software e conectividade.
Galaxy M53 vai até o Android 15 e terá 4 anos de atualizações de segurança.
É difícil notar travamentos ou até mesmo lentidão com atividades rotineiras. Então para navegar, jogar, usar suas redes sociais ou aquele app de streaming, o M53 se comporta muito bem. Mas com jogos graficamente exigentes, por outro lado, é possível sim notar uma queda de FPS, embora o celular não fique muito quente, o que é algo positivo.
Ainda sobre seus recursos, temos o painel Edge com atalhos, o modo always-on, conexão com o Windows e afins. Mas ele deixa de fora outros, como os widgets inteligentes e o modo DeX.
Bateria
A bateria do Galaxy M53 continua com 5.000 mAh de capacidade e ele traz um carregador de somente 15W na caixa. O tempo para recarregar o aparelho por completo chega em quase duas horas. Ele é compatível com carregadores de 25W, o que tende a diminuir o tempo de recarga para pouco mais de 1h40. O TecMundo fez testes com carregadores de 15W e 30W.
Galaxy M53 5G.
Já a autonomia é muito boa, o que garante facilmente um dia inteiro de uso. E nesse período você pode incluir jogatinas, algumas horas de consumo de vídeo, e-mails, redes sociais e navegação geral, que foi o que fizemos por aqui.
Em nossos testes, o M53 foi capaz de segurar a carga até o fim do dia, por volta das 22h, ainda com 40% da carga. E isso saindo da tomada por volta das 9h com 100%.
Câmeras
O conjunto de câmeras do Galaxy M53 é bem interessante também. Ele tem um sensor principal de 108 MP que combina os pixels para resultar em fotografias de 12 MP. O sensor de ângulo mais aberto tem somente 8 MP, o que acaba sendo inferior até mesmo do que o M52 que tem 12 MP.
Ele também tem outras duas câmeras de 2 MP cada, uma macro e outra de profundidade. Ou seja, principalmente nas fotografias macro, priorize lugares bem iluminados pois a qualidade não é das melhores. Já a câmera frontal do M53 tem 32 MP de resolução.
As fotografias gerais que fizemos com o aparelho são muito boas, já que ele conta com ajustes de software que aumentam a intensidade das cores. Esses ajustes não são muito agressivos, mas tendem a suavizar os ruídos, o que em partes é também algo muito positivo.
Além disso, as imagens contam com bastante contraste, mas às vezes peca em “clarear” demais uma cena ou objetos. Na câmera de ângulo mais aberto nós até encontramos bons resultados, mas eles dependem muito mais da iluminação e resulta em imagens com menos nitidez.
Vale notar ainda que é possível fotografar com os 108 MP da câmera principal, mas que isso deixa de lado o HDR, embora resulte em imagens com cores mais naturais e menos saturadas.
Em cenários noturnos nós também tivemos resultados bacanas com o M53. Ele perde definição sim em diversos cenários, mas o grande problema é que a exposição à luz tende a distorcer um pouco as cores e reduz o alcance dinâmico — especialmente em locais com muitas sombras. Ou seja: as fotos ficam mais suaves, mas não excelentes. Principalmente com a câmera de ângulo aberto.
Também vale pontuar que o modo de fotografia com 108 MP fica bem escondido no app de câmera, o que é bem intrigante, já que a ferramenta é um ponto crucial do aparelho.
Vale a pena?
O Galaxy M53 5G é um celular bem interessante e seria o modelo mais indicado para quem busca fazer muito gastando pouco. O site da Samsung lista o aparelho por R$ 2.221,11*. No varejo é possível encontrá-lo na faixa dos R$ 1,9 mil, e não raramente seu preço fica ainda mais baixo.
Se você já busca funções extras, um carregamento mais rápido, mais desempenho e estrutura mais robusta, o Galaxy A53 5G é mais legal. Principalmente por contar com estabilização óptica de imagem. E há um detalhe intrigante: ele custa R$ 2.299 no site da Samsung, atualmente, que é só um pouco acima do M53.
Ou seja, até mesmo dentro do portfólio da marca, o M53 parece meio perdidinho do lado do A53. Aí fica difícil recomendar a compra dele. Mas, se você encontrar esse aparelho por uns… R$ 1,4 mil, aí a compra vai valer a pena. Ele tem um bom hardware, conectividade 5G, bateria de longa duração e câmeras que dão conta para a maioria dos usuários.
*Após o nosso período de testes, o site da Samsung atualizou os preços do Galaxy M53 e Galaxy A53, antes de R$ 2.110 para ambos.
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