A combinação entre escassez de componentes e alta demanda na indústria de semicondutores continua impactando o mercado de eletrônicos. No entanto, a Apple deve ser menos impactada que as demais companhias de tecnologia pela eventual alta de preços — uma boa notícia para quem está de olho no iPhone 13.
Segundo o analista de mercado Lu Xingzhi, a Apple não será muito impactada pelo reajuste anunciado pela fabricante de componentes eletrônicos Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, a TSMC. Ao todo, o aumento no custo de produção de semicondutores envolvendo a gigante será de "apenas" 3%.
Ou seja, a geração iPhone 13 de smartphones e outros dispositivos montados recentemente com semicondutores da TSMC até podem ficar mais caros, mas com um acréscimo menos significativo do que o esperado.
Pegaram leve?
Para efeitos de comparação, quando o reajuste foi anunciado, a análise era de que os componentes aumentariam entre 10% e 20%. Essa porcentagem ainda será válida para algumas das parceiras comerciais da TSMC, o que significa que CPUs e GPUs podem disparar ainda mais de valor no mercado.
Xingzhi especula que a Apple foi privilegiada nesse caso pela parceria de longa data com a TSMC, além de ser uma das maiores e mais antigas parceiras comerciais da fabricante. Recentemente, circulou a notícia de que a gigante taiwanesa vai priorizar encomendas da marca e de montadoras aliadas.
O problema nessa situação é que a medida pode deixar outros contratantes importantes da TSMC descontentes com o privilégio. A fabricante também participa da produção de peças para AMD, NVIDIA e MediaTek, entre outras marcas, sendo que a margem de lucro obtida com a Apple nem é o maior em comparação com outros contratos.
Segundo fontes e analistas da indústria, a escassez de chips deve se manter ainda durante 2022.
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