A ASUS lançou mais uma família de celulares, e hoje vamos dar uma olhada no que tem de novidade — e no que tem na caixa — nos novos ZenFone 8 e ZenFone 8 Flip. Mas já adiantamos que, apesar de a fabricante ter nos emprestado os aparelhos para teste, ainda não existe previsão de chegada ao Brasil.
ZenFone 8
Começando pelo ZenFone 8, a caixa vem com uma capinha, um cabo USB-C/USB-C, um adaptador de tomada de 30 watts e um ejetor de SIM card.
A empresa focou performance, bateria e tamanho menor que caiba no bolso. Por isso, muita gente estava chamando essa versão de ZenFone 8 "mini" nos rumores antes do lançamento.
O ZenFone 8 tem tela de 5,9 polegadas que realmente é menor do que o que estamos acostumados a ver na maioria dos aparelhos atuais, mas ainda não bate as 5,4 polegadas do iPhone 12 mini. A diferença é que o aparelho da ASUS não tem o notch ocupando a parte superior.
O design mais arredondado funciona bem e dá uma firmeza na pegada. Invocando a Apple novamente, lembra bastante os iPhone mais antigos, com os cantos arredondados.
O aparelho tem a famigerada (e quase extinta) conexão de 3,5 milímetros para fones de ouvido na parte superior, e o botão power é azul, funcionando também como um botão que pode ter recursos personalizados. Ele é leve e estreito, pesando 169 gramas, e vai ser vendido em duas cores: preta e prata.
Conector 3,5 mm para fone de ouvido marca presença no ZenFone 8. (Foto: Joyce Macedo/TecMundo)
Passando para as câmeras, nada de flip aqui. São duas traseiras alinhadas na vertical, com um visual mais “tradicional” em um módulo preto que se destaca do restante. O módulo é pequeno, mas na versão prata acaba chamando bastante atenção por ser preto.
Mas sabe quem era muito esperado e finalmente resolveu dar as caras em um ZenFone? A certificação IP68 de proteção contra água e poeira.
A tela AMOLED é fabricada pela Samsung com proteção do Gorilla Glass Victus e tem taxa de atualização de 120 hertz, boa para quem curte joguinhos mobile e quer mais fluidez nas imagens. O brilho máximo é de 1.100 nits, o que no papel promete boa visualização debaixo de sol forte, mas vamos testar isso com mais calma depois. O sensor de impressões digitais já é integrado na tela — uma boa evolução também.
A câmera traseira é dupla, com sensores da Sony, sendo um principal de 64 megapixels com abertura f/1.8 e estabilização óptica, e outro de 12 MP com ângulo mais aberto e que também permite fazer fotos macro, mais de pertinho. A câmera frontal tem 12 MP.
Traseira do ZenFone 8. (Foto: Joyce Macedo/TecMundo)
Na parte de áudio, a captura é feita por três microfones: um na parte superior, outro na inferior e mais um ao lado da câmera traseira. Além de prometer qualidade na captura, a ASUS apostou em dois alto-falantes e um sistema que permite equalizar manualmente o áudio.
O processador é o novinho e parrudo Snapdragon 888, da Qualcomm, que já vem preparado para as redes 5G. A ASUS vai oferecer opções de 6 GB, 8 GB e 16 GB de RAM e 128 GB e 256 GB de armazenamento interno. Com esse conjunto interno, dificilmente veremos engasgos, mas, como sempre, vamos deixar para falar disso depois do uso de rotina e da análise completa.
A bateria é de 4.000 miliampére-hora com Quick Charge 4.0 e suporte para carregador de 30 W. Por enquanto, só sabemos o preço dele no exterior, que é a partir de 599 euros.
ZenFone 8 Flip
O ZenFone 8 Flip é um aparelho bem maior e mais pesado, com acabamento com mais cara de premium na traseira. A caixa eco-friendly também tem um carregador de 30 W, cabo USB-C, ejetor e uma capinha que deixa a câmera flip livre.
Como era de se esperar, não notamos muita diferença na carcaça em relação ao antecessor, mas em comparação ao ZenFone 8 o peso sobe para 230 gramas e a tela cresce para 6,67 polegadas e é livre de qualquer intervenção, já que a câmera de trás é também a câmera da frente.
Aqui ele perde a proteção IP68 por conta do mecanismo que faz a câmera girar, o que dificulta (e encarece demais) o processo. O módulo dá aquele diferencial na traseira com as câmeras alinhadas na horizontal, e não na vertical, mas também elimina o espaço para o conector de 3,5 mm do fone.
Detalhe da traseira do ZenFone 8 Flip. (Foto: Joyce Macedo/TecMundo)
O motor ainda é feito em metal líquido para garantir mais resistência e tem o sensor que permite deixar a câmera em diferentes ângulos em estágios de 0,5 grau. Dá para predefinir os ângulos preferidos e tudo, como a gente já conhece de outros carnavais.
A diferença é que a ASUS está prometendo cerca de 300 mil flips da câmera, o que dá uns 150 flips por dia durante 5 anos. É claro que tudo isso são números que a ASUS apresenta, e não vamos conseguir comprovar isso no review, por exemplo, mas, só para efeito de comparação, esse número era de 200 mil vezes no ZenFone 7 e de 100 mil no ZenFone 6, quando a empresa estreou a câmera flip.
Voltando para a tela, outra diferença é que a taxa de atualização chega "só" a 90 Hz, mas também é uma AMOLED da Samsung com brilho bem alto e sensor de impressão digital integrado.
ZenFone 8 Flip. (Foto: Joyce Macedo/TecMundo)
O conjunto de câmeras é triplo e parecido com o que a gente viu no ZenFone 8, com os dois mesmos sensores da Sony de 64 MP e 12 MP, mas com uma telefoto de 8 MP e zoom óptico de 3x para fechar o conjunto. Para ficar girando pra lá e pra cá com mais tranquilidade, a câmera tem proteção do Gorilla Glass 3.
Sim, já vimos esse sistema de câmera antes. Tinha muito rumor falando que a ASUS ia fazer uma troca em relação ao ZenFone 7 Pro e colocar um sensor macro de 12 MP, o que ia decepcionar muita gente que acha ultrawide mais útil que macro, mas era só rumor mesmo.
Mas um ponto que estamos curiosos para testar é o software da câmera. Lá no ZenFone 7, todo mundo ficou animado em usar esse conjuntão traseiro também como câmera frontal, mas a realidade é que a qualidade na selfie ainda deixava a desejar perante a expectativa. Ele mandava bem no modo retrato, noturno, no ângulo maior para capturar mais gente na selfie, mas no pós-processamento ainda cabia um talento a mais.
Além disso, apesar de os sensores serem os mesmos do antecessor, precisamos levar em consideração que o processador de sinais de imagem do Snapdragon 888 também traz suporte para muitas melhorias.
Falando rapidamente sobre recursos, é possível gravar em 8K a 30 FPS com estabilização digital e também dá para fazer slow motion em 4K a 120 FPS. A versão Flip também tem os três microfones que vimos no outro modelo.
A bateria é maior do que a do ZenFone 8, com 5.000 mAh, mas mantém o suporte ao carregador de 30 W. Ou seja, igual ao ZenFone 7 Pro. O processador também é o novo Snapdragon 888, da Qualcomm, só que as opções são limitadas a 8 GB de RAM e 128 GB ou 256 GB de armazenamento interno.
Fora do Brasil, ele foi lançado por preços a partir de 799 euros e também está disponível nas cores preta e prata.
Qual foi a primeira impressão?
Essa foi só uma passada rápida, pois acabamos de abrir os aparelhos, mas já dá para falar que a versão “mini” é realmente interessante para quem gosta de aparelhos menores, mas com potência.
Porém, precisamos destacar que é muito difícil falar sobre seu sucesso ou infortúnio no Brasil sem saber o preço que será praticado no país. Fica complicado acreditar que as pessoas pagariam R$ 5.000 por um ZenFone com as opções que temos disponíveis atualmente. Além disso, o aparelho costuma chegar atrasado demais por aqui.
O que já podemos falar para refrescar a memória é que o ZenFone 7 chegou ao Brasil custando R$ 5.999.