O DxOMark, publicação que se notabilizou por analisar sensores e lentes fotográficas, divulgou na quinta-feira (18) a análise da câmera frontal do Axon 20 5G, da chinesa ZTE, primeiro smartphone lançado comercialmente com uma câmera frontal sob a tela. Para a análise, os engenheiros da publicação capturaram mais de 1,5 mil imagens de teste e mais de duas horas de vídeo internas e externas.
Apesar de a proposta do dispositivo ser inovadora, a pontuação atribuída pelo DxOMark não foi boa: o ZTE Axon 20 5G obteve apenas 26 pontos, o que o coloca como a segunda pior classificação no ranking da avaliadora, acima apenas de um smartphone popular fabricado pela indiana Intex em 2019.
Embora reconheçam que a exposição e o foco da câmera frontal do Axon 20 5G sejam bastante estáveis, os testadores do DxOMark afirmam que a câmera sob a tela apresenta uma série de problemas de qualidade de imagem. As fotos têm muito ruído, tons de pele não-naturais, faixa dinâmica baixa e problemas de reflexo de cor.
No que se refere especificamente ao modo retratos, o DxOMark detectou inúmeras falhas de profundidade e pobreza de detalhes. Os vídeos gravados com a câmera frontal apresentaram imperfeições similares aos das fotos, e os clips mostraram baixa estabilização, fantasmas e distorções perceptíveis.
Qual é o problema das câmeras sob o display?
Avaliações comparativas feitas pelos engenheiros da DXOMARK (Fonte: DXOMARK/Reprodução)Fonte: DXOMARK
A avaliação feita pelo DxOMark revelou que as câmeras frontais abaixo da tela recebem menos luz em seu sensor quando comparadas com as câmeras convencionais. Isto ocorre porque a raio luminoso tem que passar entre as minúsculas lacunas na tela. A solução adotada pela ZTE foi fazer um “quadradinho” no display com uma resolução menor, como se fosse uma névoa.
Mas o resultado final indicou que a ZTE ainda tem um longo caminho a percorrer na tecnologia em câmeras selfie da espécie.
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