Nesta sexta-feira, dia 20 de novembro, os novos iPhones 12 começaram a ser vendidos oficialmente no Brasil. iPhone 12 mini, iPhone 12, iPhone 12 Pro e Pro Max, que é a maior tela de iPhone já vista no mundo.
Falando de uma forma bem sintetizada, todos eles têm a mesma tela OLED, mas em tamanhos diferentes, além do mesmo processador A14 Bionic e suporte às redes 5G e ao MagSafe, que é o sistema de recarga sem fio/com fio da Apple.
Hoje, vamos conhecer um pouquinho mais o iPhone 12, que é o modelo "padrãozinho" da nova família da Apple. Lembrando que esse ainda não é um review baseado na usabilidade (até porque acabamos de colocar as mãos no aparelho).
Então, vamos só discorrer sobre algumas informações, mas você já pode aproveitar para deixar nos comentários suas dúvidas para esclarecermos na análise completa.
Unboxing
A experiência já começa diferenciada ao pegar a caixa do novo iPhone, que é bem mais fina do que a dos modelos anteriores. Isso porque não tem quase nada dentro; o que nos leva direto para a polêmica da falta de carregador e fone de ouvido na caixa. Você pode pensar que isso aconteceu para diminuir o preço do produto, certo? Errado.
A Apple diz que fez isso para ajudar a preservar o meio ambiente, diminuindo a quantidade de lixo eletrônico no planeta. O problema é que quem não tem um iPhone do ano passado, não vai ter um adaptador de tomada pra esse cabo lightning/USB-C, já que o padrão da maioria dos aparelhos é ter um conector USB-A na ponta que encaixa na tomada.
Unboxing iPhone 12 sem carregador. (Foto: Derek Keller/TecMundo)
A Apple diminuiu o preço desse adaptador oficial no Brasil, mas essa redução foi de R$ 219 para R$ 199. Aí se você colocar no papel a soma desse iPhone 12 de 256 GB, que custa R$ 9,5 mil, mais o carregador e um fone, tudo sai caro. Para se ter uma ideia, a versão com o mínimo disponível de armazenamento, que é 64GB, sai por R$ 7.999.
Claro que não podemos ignorar o fator preço no Brasil, que é surreal por causa de imposto, dólar e tudo mais. E é óbvio que a Apple não faz iPhone pensando em nossa realidade, que é um recorte muito específico dos seus consumidores mundiais, que pagam US$ 800 (nos EUA) pelo aparelho, por exemplo. Se você pensar em "800 dinheiros", faz sentido pra quem recebe em dólar, né?
Porém, tirar o carregador e o fone não reduzindo o preço é sacanagem sim.
Design
Logo de cara já olhamos e pensamos: “o iPhone está diferente”. Quer dizer, diferente, mas na verdade meio igual ao que já vimos no passado. Isso porque ele tem uma carinha de iPhone 4, com o design mais reto, que deixa o aparelho menor e com mais aproveitamento de tela.
Eu, particularmente, gostei muito do formato. Quando usamos sem capa protetora, a pegada fica mais segura, "mais gostosa e menos sabonetada". Isso também permite ter mais tela, tanto que ele tem o mesmo tamanho de display do iPhone 11 (6.1”), mas com um corpo 15% menor e 16% mais leve, de acordo com números bem específicos fornecidos pela própria Apple.
iPhone 11 ao lado do iPhone 12. (Foto: Derek Keller/TecMundo)
No iPhone 12, a lateral é de alumínio, mas nas versões Pro o material muda para aço inoxidável, que é mais resistente e mais caro. Só que todos eles têm o Ceramic Shield na tela, que promete ser 4 vezes mais resistente.
Ceramic Shield é uma mistura de cristais de nanocerâmica com vidro. Esses pequenos critais são mais duros e resistentes, mais até do que muitos metais, o que resulta no aumento da proteção. Ah, eles também têm proteção IP68 contra água e poeira.
Tela
Outra coisa importante: finalmente uma tela OLED no iPhone, o que significa o dobro de pixels em relação à tela do iPhone 11, que é LCD. No iPhone 12, o display é bem bonito e chega a 800 nits de brilho.
Porém, a taxa de atualização é de 60 Hz, o que deixa um pouco a desejar para um aparelho premium. Eu não acho 120 Hz extremamente necessário para um celular, porque 90 Hz tá de muito bom tamanho para melhorar a fluidez.
Bateria
Voltando a falar em proteção, a capinha de policarbonato oficial da Apple (que custa R$ 600) tem ímãs já integrados para funcionar com o carregamento de contato, sem precisar tirar na hora de carregar.
Sobre este tipo de carregamento, falamos muito da solução da própria Apple, que é o MagSafe, mas ele é compatível com qualquer carregador de padrão Qi, mesmo de outras marcas, e chega a até 15W.
Capa oficial da Apple para iPhone 12. (Foto: Derek Keller/TecMundo)
Falando especificamente da bateria, o iPhone 12 tem seus 2.815 mAh, que no papel é pouco perto dos 4 mil mAh do Galaxy S20, por exemplo. Mas isso vamos discutir melhor durante o uso na rotina, porque mAh não define qualidade de bateria, já que isso depende de uma série de outras otimizações no hardware, no processador e no software para tirar melhor proveito e ter uma eficiência energética que valha a pena para o usuário.
5G
Apesar de ainda não ser um ponto muito relevante para a rotina do brasileiro, o iPhone já vem preparado para rodar em todas as frequências do 5G, o que significa que, quando você puder viajar para fora do país, já vai ter um aparelho prontinho para rodar nas redes de alta velocidade.
No entanto, aqui mesmo só temos o “fake 5G”, que é o 5G DSS, aquele que compartilha as frequências já existentes do 4G, mas entregam mais velocidade e até uma latência menor.
Câmera
O iPhone 12 continua com duas câmeras de 12 megapixels, uma grande-angular e uma ultra-angular. A diferença para a geração anterior é a abertura da grande-angular, que passou de 1.8 para 1.6, o que significa que ela captura 27% mais luz para fazer imagens mais nítidas, com mais detalhes e menos ruído, além de melhorar fotos noturnas.
Traseira do iPhone 12 com capa MagSafe. (Foto: TecMundo)
Outra coisa que melhorou no conjunto de câmeras foi o software, com o Deep Fusion e o modo "noite" se expandindo para todas as lentes. Basicamente, o Deep Fusion faz uma análise computacional automática na imagem para melhorar o resultado, ou seja, a presença dele em mais sensores significa ainda mais inteligência nessa análise. A mesma coisa vale para a extensão do modo "noite".
E a cereja do bolo é que os iPhone 12 são os primeiros modelos de celular no mundo a filmar em Dolby Vision. Quem já viu conteúdo em Dolby Vision sabe que a coisa é linda demais, mas falando em números, essa gravação em HDR de 10 bits significa que o iPhone 12 captura 700 milhões de cores, dando uma pegada mais realista e até cinematográfica.
Foto tirada com iPhone 12 traz detalhes de texturas e HDR de respeito. (Foto: Joyce Macedo/TecMundo)
Claro que tudo isso vai ser testado com mais profundidade nos próximos dias por aqui, mas não dá para negar que câmera de iPhone é: mirar e tirar a foto. Apesar de não ter muitas opções para controle manual, o resultado dificilmente não será bom.
Gostou do novo iPhone 12? Aproveite para deixar suas dúvidas e comentários a seguir.
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