A guerra comercial entre Estados Unidos e Huawei resultou no banimento do uso do Android pela fabricante chinesa, mas um decreto oficial abria uma exceção que garantia atualizações de segurança e suporte a aparelhos antigos da marca. Só que até essa licença agora expirou, o que pode obrigar a marca a tomar medidas ainda mais radicais no mercado de dispositivos móveis.
Segundo o jornal The Washington Post, a licença temporária que garantia uma contribuição mínima entre Android e Huawei venceu na última quinta-feira (13) depois de vários prolongamentos, o que significa que empresas norte-americanas — como a Google — estão totalmente proibidas de negociar com a estrangeira. Na prática, a medida era mais importante para operadoras de pequeno porte, que ainda mantinham infraestrutura com equipamentos de telecomunicações e antenas da chinesa.
A Google confirmou que era esse documento que garantia o suporte a smartphones e tablets lançados antes de maio de 2019, quando o banimento foi oficializado. Isso significa que dispositivos lançados após essa data, que incluem a geração Huawei P30, não devem receber o Android 11 e só terão atualizações de segurança vindos da própria Huawei. Além disso, apps do ecossistema da empresa (como Gmail e Google Maps, por exemplo) também não podem mais receber novas versões.
E agora?
Por enquanto, nenhuma das companhias se manifestou de forma oficial sobre o caso. Caso a guerra comercial não se resolva em curto prazo ou um novo decreto de exceção seja criado, o que parece bastante improvável, a Huawei tem duas alternativas para lidar com esses aparelhos com mais de um ano de vida.
Uma delas é migrá-los para a versão de código aberto do Android que ela atualmente utiliza em seus lançamentos do mundo mobile. Esses dispositivos, apesar de limitados em integração, continuam recebendo atualizações normalmente. A segunda é voltar a considerar o Harmony OS, o sistema operacional próprio da chinesa, como uma possibilidade válida para substituir a plataforma atual.
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