O anúncio do diretor-executivo da Huawei, Yu Chengdong, de que a série Mate 40 está a caminho foi agridoce: mesmo o flagship sendo ansiosamente aguardado pelo mercado, sua chegada também poderá marcar a morte do chipset Kirin.
O anúncio foi feito durante a abertura da China Information Technology Summit 2020, da qual a Huawei é co-organizadora. “Quando lançarmos o Mate 40, os estoques do chipset Kirin estarão esgotados, e ele não poderá mais ser fabricado. Esta é uma perda muito grande para nós”, disse o executivo.
A série Mate 40 trará o novo Kirin 1000, a ser anunciado em Berlim, durante a IFA 2020, no início de setembro. O chipset de 5nm fabricado pela chinesa de Taiwan TSMC será baseado no núcleo da CPU Cortex-A78. A expectativa é que cheguem ao mercado 15 milhões de Mate 40 – a empresa já declarou ter estoques suficientes para os quatro modelos (Mate 40, Mate 40 Pro, Pro + e Porsche Design).
Prazo final
A partir de 15 de setembro, nenhuma companhia americana poderá fazer negócios com empresas chinesas. Segundo o ato do governo que acompanha a “Lista de Entidades”, empresas estrangeiras que querem continuar a fazer negócios nos EUA precisariam de uma licença especial para negociar com parceiros chineses – a TSMC não conseguiu uma, já que confirmou que não venderá mais chipsets para a Huawei.
A TSMC já anunciou o fim da parceria com a Huawei.Fonte: CGTN/Reprodução
A Huawei terá que lidar agora com uma lista curta de fornecedores aptos a substituir a TSMC (mesmo não sendo o Kirin um dos melhores ou mais potentes chipsets do mercado). Rumores apontam como candidata a MediaTek, que já abastece os celulares da Honor.
Outra perda é a do Android. a ser substituído pelo HongMeng (mais conhecido no Ocidente como Harmony), um sistema operacional distribuído, baseado em microkernel. Segundo Chengdong, todos os produtos da IoT da Huawei rodarão o sistema operacional nativo da empresa e não mais o da Google.
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