A LG Eletronics havia anunciado, antes do carnaval, que daria férias coletivas a parte dos funcionários de sua fábrica em Taubaté (SP). A partir desta segunda-feira (02), ao menos 200 trabalhadores da linha de produção de celulares ficarão em casa por 10 dias, devido ao surto do coronavírus na China, que afetou a produção de peças necessárias para o funcionamento da fábrica brasileira.
A China, onde o novo coronavírus surgiu no final do ano passado, é o país mais afetado pela epidemia. No país asiático, os casos de infecção já são quase 80 mil, sendo que as vítimas fatais já são mais de duas mil em todo o mundo. Até agora, o vírus já chegou a mais de 50 países.
No Brasil, temos dois casos confirmados, 252 suspeitos e nenhuma morte registrada.
Desabastecimento de peças pode piorar
Grande parte das fábricas de componentes para equipamentos eletrônicos, incluindo smartphones, está na China. Como uma das medidas para controlar o surto do coronavírus, as empresas têm fechado fábricas para realizar a desinfecção. Com isso, o desabastecimento de peças tem impactado as linhas de produção de equipamentos em todo o mundo.
A fábrica da LG Innnotek em Gumi, Coreia do Sul, também fechou neste último domingo (01), após a confirmação de que um de seus funcionários contraiu o vírus. A fábrica, que fornece os módulos de câmera usados no iPhone, permaneceu fechada na segunda (02), para desinfecção.
Em Jaguariúna, interior de São Paulo, a fábrica da Flextronics, que monta aparelhos da Motorola, também teve que interromper seu funcionamento por 15 dias devido à falta de peças importadas da China.
Pelo mesmo motivo, a fábrica da Samsung, em Campinas (SP), paralisou suas operações nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro. A unidade monta celulares, tablets e notebooks.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, cerca de 30 mil trabalhadores brasileiros do setor de tecnologia da informação podem ser impactados com a falta de peças importadas da China.
Fontes
Categorias