Os smartphones dobráveis que já foram anunciados e estão no mercado levantam dúvidas a respeito de sua resistência contra o uso intenso no dia a dia. E olha que nem estamos falando da dobradiça: novas provas realizadas por sites e canais especializados colocaram os modelos Galaxy Z Flip e Moto Razr sob tortura para comprovar como eles se saem frente a acidentes cotidianos, como riscos ao entrar em contato com materiais pontiagudos e cortantes no bolso, por exemplo, ou cair de uma altura que represente uma mesa ou a cintura do usuário.
O site Cnet fez um teste de queda com os dois modelos abertos e não gostou muito do resultado. Mesmo que seja uma prova nada científica (os dois modelos simplesmente foram derrubados da altura de 90 centímetros, em uma calçada em San Francisco, nos EUA), ela mostra que a a carcaça dos dispositivos não é exatamente resistente.
O Z Flip foi o que apresentou mais danos, com várias rachaduras na parte traseira de uma das metades do aparelho, inclusive com pedaços soltando. O Moto Razr também apresentou danos no corpo, mas eles foram menos visíveis.
Ao serem derrubados de alturas um pouco maiores, as rachaduras aumentaram — e o modelo da Motorola chegou a perder o acesso a uma das entradas do dispositivo. As duas telas continuaram funcionando normalmente. O veredito é o mesmo: evite derrubar o aparelho a qualquer custo, já que a manutenção é cara e os danos são visíveis. Ainda assim, poderia ser pior: nenhum deles parou de funcionar e a dobradiça não partiu ao meio.
É vidro mesmo?
O famoso canal JerryRigEverything também fez o seu tradicional teste de resistência com o Galaxy Z Flip, colocando a tela para encarar ferramentas que testam a tela contra riscos. No fim das contas, a avaliação também mostra vários defeitos: assim como outros dobráveis já à venda, o modelo risca com extrema facilidade, com objetos não tão pontiagudos assim e sem a aplicação de tanta força.
O canal chega a questionar como é de fato o funcionamento do Vidro Ultra Fino (UTG, na sigla original) usado pela Samsung, já que o uso do material deveria ao menos tornar o painel mais resistente. Ele até sugere que, na verdade, a tela é de um polímero de plástico com fragmentos de vidro, mas a fabricante não confirmou a informação ao site The Verge — apenas afirmou que é preciso "usar com cuidado" o aparelho. Aparentemente, a resposta é ainda mais simples: uma camada de plástico é aplicada acima do vidro — e ela é tão frágil quanto os displays de um Galaxy Fold ou Moto Razr.