Depois de dois anos e um investimento de pouco mais de US$ 70 milhões, a Xiaomi apresentou ao mundo seu smartphone-conceito Mi MIX Alpha. Tudo nele foi impactante: o design do display, que cobre 180% do corpo do celular, a câmera tripla de 100 MP, o suporte a 5G e o preço (esse, realmente de tirar o fôlego) de cerca de R$ 11,7 mil. Mas o novo celular não é para todos: somente cem unidades serão produzidas, e a empresa não espera ganhar um centavo com ele.
Segundo o CEO da Xiaomi, Lei Jun, o objetivo da empresa ao lançar um celular-conceito é subverter a ideia de que se tem de um smartphone. Os engenheiros da Xiaomi já confirmaram que a produção em massa do Mi MIX Alpha é impraticável, por conta do custo e da mão de obra envolvida.
“O Mi MIX Alpha não é um celular com tela dobrável, nem com tela dupla face, nem um telefone com tela em cascata, mas um dispositivo conceitual que representa a forma dos futuros smartphones”, disse Lei Jun. O presidente e fundador da Xiaomi, Lin Bin, já confirmou que a empresa investirá mais US$ 1,41 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de futuros celulares.
O display do novo smartphone levantou dúvidas sobre a viabilidade de se ter um celular em que a ideia de usar uma película de vidro para proteger a tela soa ridícula. Lin Bin respondeu a essa questão dizendo que “o Mi MIX Alpha usa o mesmo princípio que outros smartphones com tela dobrável, mas ele está à frente do que se conhece sobre glass bonding. Em dezembro, quando o Mi MIX Alpha for lançado, ele virá com essa tecnologia – o resultado final será muito mais bonito do que se usássemos o usual plástico para telas dobráveis.”
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