Quando avaliamos o K12+ da LG aqui no TecMundo, falamos que ele tinha vários problemas que faziam com que não valesse a pena na época em que foi lançado. Já com o K12 Max, a coreana conseguiu reforçar os pontos fortes do aparelho ao mesmo tempo em que corrigiu alguns dos defeitos que encontrei no irmão mais velho.
- Visual renovado com cara de 2019
- Câmeras boas para fotos pelo preço
- Android atualizado e com desempenho digno
- Preço justo
- Resolução baixa para uma tela grande
- Meia-boca para gravar vídeos
- Hardware interno poderia ser melhor
Ainda assim, será que isso é o suficiente para mudar o veredito final? É o que vamos explicar na análise a seguir. Depois da leitura, compartilhe o review com pessoas que souber estarem interessadas em comprar um celular novo.
Visual renovado
O design do K12 Max segue um estilo parecido com o do K12+, mas com algumas diferenças importantes. Na frente, a margem superior e o flash LED vão embora, sendo substituídos pelo notch centralizado em forma de gota para abrigar a câmera de selfies – apenas essa alteração já ajuda o aparelho a mostrar que é um smartphone de 2019, e não de anos anteriores.
Na traseira, a mudança mais perceptível é a adição de um segundo sensor fotográfico, com o conjunto passando para a orientação na horizontal. Há quem reclame que o resultado parece o meme o Pikachu surpreso, mas não me incomodei com isso.
O corpo tem vidro na frente com plástico rígido ao redor. Com as cores metálicas, o resultado é um aparelho que passa uma sensação de qualidade, pelo menos quando não está coberto de marcas de dedo – o que é fácil de perceber no modelo azul.
O K12 Max é um celular grande, então mesmo que ele não seja muito pesado, você provavelmente vai precisar das duas mãos para utilizá-lo de forma confortável. Ele tem também certificação militar de resistência, mas ainda pode quebrar o vidro se cair e não tem certificados de resistência a água.
De resto, o aparelho continua igual ao K12+. Porta micro USB, saída de som e entrada para fone na parte de baixo, tecla de energia na direita, leitor de digitais em uma boa posição na traseira e teclas de volume e da Google Assistente na esquerda – sobre essa última, aliás, vale mencionar que é possível desligar a ativação da assistente com um toque, mas não programar o botão para fazer qualquer outra coisa.
Display okay
Na tela do K12 Max, foram só o tamanho e a proporção que aumentaram. O display LCD tem 6,26 polegadas e proporção de 19:9, mas a resolução continua apenas HD+. Para um painel desse tamanho, uma resolução maior acaba fazendo um pouco de falta, mas dá para quebrar um galho se você não for muito exigente com o nível de detalhes. Pelo menos a LG continua mandando bem no equilíbrio das cores e o brilho é o suficiente pra usar ao ar livre se você evitar reflexos diretos do sol forte.
Câmeras melhores que o esperado
Já nas câmeras, o K12 Max mudou tudo. Na traseira, o sensor principal caiu de 16 para 13 MP e vem com uma lente com abertura de f/2.2, mas ganhou um sensor extra de 2 MP com abertura de f/2.4 que ajuda a captar dados de profundidade. Na frente, o sensor subiu de 8 pra 13 MP, e a lente vem com abertura de f/2.0.
Considerando esse conjunto, sinceramente tenho que dizer que fiquei impressionado com o resultado. Em situações ideais de iluminação, as fotos saíram ricas em detalhes, com ótimo equilíbrio de exposição e cores bonitas, sem exageros. Mesmo com um pouco menos de luz, o resultado ainda sai bem legal. Já no escuro, a qualidade cai bastante e os ruídos ficam visíveis, mas ainda dá para quebrar um galho.
Nas selfies, o resultado diurno é muito bom, mas no escuro a qualidade das capturas frontais também cai, e usar a tela como flash não ajuda a evitar a perda de detalhes. Uma coisa que eu notei é que a qualidade do modo retrato parece ter aumentado, tanto na câmera frontal quanto nas traseiras, mas o sensor extra na parte de trás ajuda a melhorar o recorte das pessoas e objetos. Só vale tomar cuidado pra evitar luzes fortes no fundo nessa hora. Até mesmo a função AI CAM evoluiu um pouco, demorando um pouco menos para ajustar as configurações das fotos dependendo do contexto para melhorar as cores.
Podemos resumir falando que as câmeras do K12 Max evoluíram um pouco e são legais para um aparelho de R$ 1 mil. Elas não chegam ao mesmo nível de um top de linha e o resultado no escuro continua sendo apenas ok, mas para essa faixa de preço isso é mais que o suficiente. Já nos vídeos, a mesma evolução não aconteceu. A resolução continua sendo Full HD no máximo e um sistema melhor de estabilização ainda faz falta.
Atualização que fez a diferença
Diferente do irmão mais velho, o K12 Max já tem o Android 9.0 Pie disponível com as modificações da ROM da LG. Em um primeiro momento, a experiência geral de utilização não parece ter mudado muito, já que o visual continua bem parecido. A gaveta de apps ainda é desativada por padrão, mas você pode ativar se quiser – e ela continua com aquele problema de não manter a organização de aplicativos na ordem alfabética quando você instala novos apps.
Uma adição é a possibilidade de trocar os botões clássicos de navegação pelo sistema de gestos que a própria Google adotou para os Pixels. Aqui, o botão central serve para voltar para a home se você clicar, acionar a Google Assistente quando segurar, alternar rápido entre os dois apps mais recentes deslizando para a direita, abrir o gerenciador de aplicativos deslizando uma vez para cima e puxando a gaveta ao repetir o gesto pela segunda vez. Para voltar basta clicar no botão separado.
Outra coisa que a LG havia incluído já no G7 e que volta a aparecer é a função de software que cria uma barra personalizável para quem não gosta do notch. É possível customizar algumas opções de estilo e cor, além da intensidade do arredondamento das bordas. O disfarce não é tão efetivo quanto seria em uma tela OLED ou AMOLED, mas é bom para quem realmente odeia recortes na tela.
No entanto, a principal diferença que senti com o Android Pie no K12 Max é na experiência cotidiana de uso. Com a versão mais recente do sistema, o celular tem uma fluidez muito melhor do que a do irmão mais velho no Oreo. Aqui, não sofri com os carregamentos demorados e os engasgos frequentes que me irritaram no outro. O desempenho não chega perto de um aparelho mais parrudo, muito menos de um top de linha, e ele dá sim uma tropeçada ou outra de vez em quando, mas nada que chegue realmente a irritar.
Desempenho melhorado
Essa melhora no sistema é mais curiosa quando consideramos que o hardware interno do K12 Max é o mesmo do K12+. O processador é o octa-core MediaTek Helio P22 de 2 GHz, acompanhando de 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento.
Esse espaço interno deve ser o suficiente para a maioria das pessoas, que não baixa muitos games pesados, mas se você é como eu e joga múltiplos games com mais de 1 GB cada, esse ponto fica mais difícil. Pelo menos o K12 Max tem um slot pra cartão micro SD separado dos espaços pros dois chips de operadora, então quem quiser pode ganhar um pouco mais de espaço pra fotos, vídeos e outros arquivos.
Para o uso comum, o software atualizado permite que esse hardware seja o suficiente para uma experiência de uso bem melhor pra redes sociais, mensageiros e fotos. Sem aquelas demoras todas que me incomodaram no K12+. Isso também vale para games leves, que não exigem muito do desempenho gráfico. Só não vale achar que isso vai ser verdade para games mais avançados, porque nesses notamos um pouco de dificuldade. Ainda dá para jogar caso você não se incomode com isso e reduza os gráficos onde puder, mas isso depende da sua tolerância.
Benchmarks
Para ver como o LG K12 Max se sai em comparação com seus principais concorrentes, o aparelho foi submetido a quatro aplicativos de benchmark. Os testes utilizados foram o AnTuTu Benchmark 7.0, o Geekbench 4, o 3DMark (Slingshot) e PCMark.
O app AnTuTu 7.0 permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui vale a máxima para os pontos: quanto mais, melhor.
O Geekbench 4 realiza testes intensivos para medir o desempenho tanto de núcleos individuais quando do conjunto da CPU, além de permitir mensurar a capacidade da GPU do aparelho para tarefas graficamente intensivas. Novamente, aqui temos um caso em que pontuações maiores são sinônimo de resultados superiores.
O 3DMark oferece uma série de testes para benchmark de smartphones. Entre eles, o Slingshot permite comparar diretamente entre processadores e GPUs. A resolução do display é um fator que pode afetar o resultado. Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho.
O PCMark mensura o desempenho do celular durante tarefas comuns de produtividade, como navegação na web, edição de vídeos e fotos e trabalho com documentos e dados em geral. Assim como nos outros casos, totais de pontuação maiores significam resultados melhores.
Bateria na média, recarga ruim
A bateria do LG K12 Max tem 3.500 mAh, e isso é o suficiente para aguentar um dia de uso mediano sem grandes dificuldades, com redes sociais, fotos, mensagens, gravação de alguns vídeos curtos e jogatinas eventuais.
O aparelho dá uma folguinha um pouco maior do que o K12+, mas também não podemos dizer que dá para passar o dia inteiro longe da tomada se você for um usuário mais intensivo, que passe muito tempo nos games online ou assistindo conteúdo por streaming. Ou seja, é um resultado bom, mas nada impressionante. Já na recarga, as reservas maiores e o carregador basicão levam a um resultado ruim. Para ir de zero a 100%, o dispositivo precisa ficar ligado à tomada por pelo menos 2 horas e 50 minutos.
Extras
Sobre o áudio, o alto-falante continua tendo um volume relativamente bom e uma qualidade digna em geral, mas nada particularmente impressionante – e a posição ainda é fácil de cobrir com a mão. Com fones, o áudio fica um pouco mais legal, mas só se você tiver um acessório melhor que o fornecido na caixa, que é um daqueles básicos no formato de chuveirinho.
Além de estar em uma posição boa, o sensor de digitais do K12 Max não mostrou dificuldades para reconhecer os meus dedos, mas o desbloqueio é um pouco demorado quando a tela do celular está desligada. Não é algo que chega a incomodar, mas também não poderíamos dizer que é rápido.
Vale a pena?
Hoje, já é possível encontrar o LG K12 Max por preços em torno dos R$ 1 mil parcelados ou perto dos R$ 880 à vista. Considerando as evoluções que o aparelho apresentou em comparação com o K12+, esse valor o torna uma opção interessante.
Ele ainda não é um smartphone de custo-benefício perfeito, especialmente se você for fã de jogos mais exigentes. Mesmo assim, para quem estiver mais interessado de um celular com câmeras dignas e um bom desempenho em geral, vale a pena considerar.
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