O Chicago Tribune contratou um laboratório para medir a radiação emitida por alguns smartphones populares e descobriu que boa parte dos modelos iPhone ultrapassam os limites estipulados pela Federal Trade Commission (FCC), órgão regulador dos Estados Unidos.
O estudo mediu o nível de radiação absorvido pelo tecido humano com os smartphones da Apple em 5 mm e 2 mm, como se o aparelho estivesse no bolso do usuário. Os primeiros testes foram feitos nos padrões da FCC e apontaram resultados negativos em praticamente todos os modelos da Apple.
A empresa contestou o estudo e enviou um novo modelo de medição para a equipe, utilizando sensores do iPhone que diminuem os níveis de energia do aparelho. Os resultados dos testes modificados, porém, foram similares aos anteriores, como é possível ver abaixo. A linha pontilhada exibe o limite recomendado pela FCC.
Em todos os casos, os níveis de emissão que mais assustam são os registrados no iPhone 7. O Chicago Tribune testou quatro versões do aparelho lançado pela Apple em 2016 e todos ultrapassaram os limites permitidos pela FCC. Alguns dos modelos chegaram a alcançar o triplo da radiação recomendada pelo órgão.
O iPhone 8 também teve resultados acima da média, enquanto o iPhone X teve testes mais animadores e o iPhone 8 Plus foi o modelo que mais se manteve dentro das normas.
Radiação extra também no Android
A equipe do Chicago Tribune também realizou testes em alguns smartphones Android e constatou que certos aparelhos também não respeitam os limites impostos pela FCC.
Seguindo os padrões de testes utilizados pelo órgão regulador para cada aparelho, o estudo apontou que modelos de alto desempenho, como Galaxy S8 e S9, também emitem mais radiação do que o permitido, principalmente quando estão muito próximos do corpo.
A Motorola também teve alguns de seus celulares testados e, assim como a Apple, contestou os resultados e forneceu um novo padrão para o estudo, utilizando sensores dos aparelhos que diminuem os níveis de emissão de radiação. Neste caso, os resultados para dispositivos como Moto G6 Play foram bem diferentes.
A FCC respondeu ao estudo dizendo que os testes não foram tão abrangentes quanto o exigido para um relatório oficial, mas que o órgão vai levar as descobertas em consideração e investigar alguns aparelhos que violaram as diretrizes.
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