"Nunca saia da cama sem um plano B". A Huawei tem seguido à risca esse lema, e isso deu frutos: segundo dois analistas da seguradora Tianfeng International, Guo Minghao e Ming-Chi Kuo, a gigante chinesa pode terminar o ano com um saldo de 260 milhões de smartphones fabricados.
A projeção anterior era que a empresa distribuiria globalmente cerca de 250 milhões de dispositivos até o fim deste ano. Esse excedente de 10 milhões deve impactar positivamente o mercado, em um momento em que a Huawei enfrenta atritos econômicos com os governos dos Estados Unidos.
O plano B da companhia se concentrou não apenas em aquecer as vendas em outros mercados (incluindo o Brasil) mas também em investir no desenvolvimento de um sistema operacional próprio, o Hongmeng OS (que, parece, ganhou um novo nome: Harmony OS), o que a livraria de depender do Android. O que se espera é que a Huawei recupere a certificação de parceira da Google até o fim deste mês, o que permitiria retomar o crescimento de suas vendas na Europa.
Estratégia mais agressiva
Ainda segundo Guo Minghao, a Huawei já começou a recuperar suas vendas nos mercados externos, principalmente dos modelos mais simples; nos EUA, a companhia adotou estratégias mais agressivas. Para Ming-Chi Kuo, uma das razões para o aumento das vendas é que a participação da Huawei no mercado chinês aumentou exponencialmente, assim como sua cadeia de suprimentos.
A Huawei também está trabalhando para estreitar laços com a fabricante de semicondutores TSMC, sediada em Taiwan, assim como com a HiSilicon, principal produtora dos SoCs da Huawei. Outra estratégia é otimizar todos os aspectos de seus lançamentos — do design dos smartphones à produção dos chips.
A Huawei é, hoje, a segunda maior fabricante mundial de dispositivos móveis, superada apenas pela Samsung (a Apple ocupa a terceira posição). O objetivo da empresa seria, até 2020, ultrapassar a concorrente sul-coreana em vendas de celulares.
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