Um mês após a Google anunciar a adesão às restrições impostas à Huawei pelo governo Trump na guerra comercial entre China e Estados Unidos, as consequências aos poucos vão tomando forma em decisões das empresas e em números. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos recuou um pouco, dando um pouco mais de tempo para as companhias se adaptarem ao boicote, e, ao que parece, a gigante asiática terá mesmo que se adaptar ao novo cenário.
A Google adiantou que os usuários que já possuem dispositivos da Huawei devem continuar recebendo as atualizações, porém, os novos aparelhos possivelmente devem trazer a solução caseira HongMeng OS (ou Oak OS) em vez do Android. Isso, segundo o presidente da fabricante, Ren Zhengfei, deve causar um impacto de US$ 30 bilhões em sua receita.
O presidente da Huawei, Ren Zenghfei. Fonte: MIT/Reprodução
Agora, em uma entrevista mais recente, concedida à CNBC, ele estima o quanto isso também deve afetar a Gigante de Mountain View. Segundo ele, “Huawei e Google sempre estarão na mesma linha de interesse e, se não rodarmos seu sistema, eles vão perder de 700 milhões a 800 milhões de usuários no futuro”.
Sistema operacional da Huawei seria 60% mais rápido que o Android
A Huawei sempre manteve um discurso mais pacífico em relação a toda a situação, pelo menos quando cita as empresas, e Zhengfei voltou a dizer que não gostaria de substituir o Android. Segundo o executivo, isso causa um desaceleramento no crescimento — e nos planos de se tornar a fabricante líder no setor de smartphones.
Mas ele deixou claro que possui meios para voltar a prosperar, especialmente com seu próprio sistema operacional, que deve ser lançado em setembro ou outubro e tem como foco inicial os dispositivos de médio porte.
A Huawei estaria negociando outros sistemas operacionais, como o finlandês Sailfish OS e o russo Avrora OS para diferentes praças
Aliás, há relatos de bastidores sobre os primeiros testes realizados em conjunto com smartphones da Vivo e da Oppo que apontam para uma velocidade 60% maior do que o robozinho verde — o que é compreensível, já que o software dedicado ao hardware chinês pode mesmo trazer mais agilidade. O HongMeng OS (ou Oak OS) deve ser compatível com todos os apps Android, que poderiam ser recompilados para otimizar o desempenho, a exemplo do Chrome OS.
Fonte: BGR/Reprodução
A Huawei estaria também negociando com o finlandês Sailfish OS e o russo Avrora OS como alternativas, que podem ser usados em diferentes celulares e praças. Embora tenha a liderança absoluta, a Google anda cautelosa e de olho nessa movimentação.
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