A família Moto G é a mais popular da Motorola aqui no Brasil, e em 2019 o aparelho que tem o pacote mais avançado entre eles é o Moto G7 Plus. No entanto, por mais que o dispositivo supere os outros modelos da linha em vários aspectos, ainda há alguns pontos em que ele simplesmente empata com os irmãos mais baratos – e tem até um aspecto em que ele é derrotado. Vamos explicar tudo isso agora na nossa análise.
- Design modernizado
- Desempenho sem trancos
- Software atualizado
- Recarga extremamente rápida
- Boa experiência sonora
- Preço ainda elevado
- Selfies noturnas prejudicadas
- Dificuldades do vidro
- Bateria apenas ok
- Cabo nada versátil
Familiar, mas melhorado
Começando pelo design, o Moto G7 Plus mantém a identidade visual da família, mas traz evoluções. O corpo continua tendo plástico nas laterais e vidro na parte da frente e de trás, mas a tela Max Vision agora chega um pouco mais perto das bordas e apresenta um notch na forma de gota-d’água. Com isso, ele tem uma aparência mais moderna do que os aparelhos com o recorte em forma de barra, mas curtir ou não do resultado vai depender do gosto de cada um.
Para reduzir a borda frontal inferior, a Motorola moveu o sensor de digitais da frente do aparelho para a traseira, em uma posição que é fácil de alcançar com os dedos no logo da marca. Outra coisa que pode não agradar todo mundo é a protuberância das câmeras traseiras, que continua bastante grande.
Os botões de volume e energia estão na lateral direita, e na parte de baixo ficam a entrada USB Type-C, o conector de fones de ouvido e um dos alto-falantes. Um segundo speaker está espremido acima da câmera frontal. Em geral, podemos dizer que o aparelho tem uma pegada boa para quem não tiver mãos muito pequenas. O visual é moderno, mas o vidro é um pouco escorregadio e propenso a marcas de dedos.
O G7 Plus inclui um case protetor transparente na caixa. Uma pena que, pelo menos no modelo que nós recebemos, a capinha tira um pouco da beleza da cor. Ainda assim, um lado bom dela é que, além de diminuir a chance de danos ao celular, o case nivela a traseira com as câmeras. Mesmo com tudo isso, temos que dizer que, exceto pelas opções diferentes de cores, esse design não é exclusividade do modelo Plus. O irmão logo abaixo dele na escala de preços, que é o Moto G7 propriamente dito, tem um visual praticamente idêntico.
Experiência “quase lá” de visualização
A tela é outro ponto em que a versão Plus traz o mesmo kit do G7. O painel é um IPS LCD de 6,24 polegadas com resolução Full HD+. Por mais que esse conjunto não tenha contraste e nível de preto tão competentes quando os de um AMOLED, ele consegue passar uma boa experiência de uso. O nível de detalhes exibidos é bom e as cores também não incomodam, especialmente se você ajustar as configurações de acordo com as suas preferências.
O brilho do display também é bom o suficiente para permitir que você use o celular em ambientes externos durante o dia, mas a intensidade máxima poderia ser um pouco maior para facilitar a visualização mesmo quando o sol estiver muito forte. Não é como se fosse impossível usar o aparelho nesse tipo de situação, mas dava para ser melhor.
Fotos agradáveis
Passando para as câmeras, aqui sim podemos falar que o G7 Plus traz o melhor conjunto da família Moto G de 2019. Na traseira são dois sensores: um principal de 16 MP com abertura de f/1.7 e estabilização ótica; e outro de 5 MP com abertura de f/2.2, que serve para detecção de profundidade.
Com isso, o dispositivo conseguiu resultados competentes para um intermediário, com fotos com bastante detalhes, cores destacadas e bom uso de HDR durante o dia. De noite, as imagens até mostram um pouco de ruído, mas o nível de detalhes e as cores também continuam boas. A única verdadeira ressalva aqui fica em pontos de luz um pouco mais fortes nas imagens escuras, que acabam ficando um pouco estourados. A câmera secundária permite tirar retratos com fundo desfocado com intensidade ajustável, e o resultado desse efeito ficou agradável de forma geral.
Resumindo tudo isso, dá para dizer que o conjunto é competente para um smartphone intermediário e apresenta resultados que vão satisfazer a maioria das pessoas. Só não espere um desempenho fotográfico no mesmo nível de um top de linha atual.
Na hora dos vídeos, o G7 Plus consegue gravar em 4K a 30 quadros por segundo ou em Full HD a 60 fps, e a estabilização ótica ajuda a diminuir o incômodo com a maioria dos chacoalhões ou tremedeira. Ele também filma em câmera lenta em duas qualidades e faz timelapses surpreendentemente estáveis.
Indo para a câmera frontal, ela tem 12 MP e abertura de f/2.0. As selfies em lugares bem iluminados saem boas, com cores legais e uma quantidade razoável de detalhes, mas nada muito impressionante. Já no escuro, o foco tende a se perder e o pós-processamento se esforça tanto para diminuir a quantidade de ruídos que acaba reduzindo bastante a quantidade de detalhes. Usar a tela como flash quebra um pouco o galho, mas faz o rosto ficar um pouco estourado. Por fim, o sensor frontal até consegue gravar em 4K, mas a estabilização ótica da traseira faz falta.
Desempenho sem trancos
O hardware interno também é um ponto em que o G7 Plus supera a maioria dos irmãos da família, mas acaba trazendo muita coisa em comum com outro intermediário da Motorola, o Moto Z3 Play mais básico. Ele vem com o processador Snapdragon 636, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento. Como a bandeja tem espaços separados para dois SIM cards e um cartão micro SD, é possível expandir o espaço interno sem abrir mão de um segundo chip.
Com tudo isso, o resultado é um desempenho digno de um bom celular intermediário. Tanto aplicativos cotidianos, como redes sociais e mensageiros, quanto jogos de todos os tipos rodam sem travamentos ou quedas de desempenho perceptíveis – desde que você não abuse colocando as configurações de games pesados no máximo. Mesmo assim, vale o aviso: o G7 Plus não é compatível com Fortnite.
Benchmarks
Para ver como o Moto G7 Plus se sai em comparação com seus principais concorrentes, o aparelho foi submetido a quatro aplicativos de benchmark. Os testes utilizados foram o AnTuTu Benchmark 7.0, 3DMark (Ice Storm Unlimited) e PCMark.
O app AnTuTu 7.0 permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui também vale a máxima para os pontos: quanto mais, melhor.
O 3D Mark oferece uma série de testes para benchmark de smartphones. Entre eles, o Ice Storm Unlimited permite comparar diretamente entre processadores e GPUs. A resolução do display é um fator que pode afetar o resultado. Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho.
O PCMark mensura o desempenho do celular durante tarefas comuns de produtividade, como navegação na web, edição de vídeos e fotos e trabalho com documentos e dados em geral. Assim como nos outros casos, totais de pontuação maiores significam resultados melhores.
Experiências retomadas e atualizadas
Indo agora para o software, o G7 Plus vem com o Android já na versão 9.0 Pie, mas sem abrir mão das funções extras da Motorola. Todos os gestos e atalhos do Moto Ações estão de volta, incluindo os mais populares para abrir a câmera ou acender a lanterna. Uma melhoria é que agora o sistema facilita a captura de tela com rolagem pra baixo.
Os mostradores interativos always-on do Moto Tela também continuam funcionando bem, e o Moto Voz pode ser ativado para os momentos em que você quiser que o celular leia mensagens e identifique chamadas em voz alta para você.
A única “derrota” que o Plus sofre em comparação a funções presentes em outros modelos da família G7 é o fato dele não oferecer suporte a TV digital, que só está presente no modelo Power em 2019. Seja como for, o resumo é que o G7 Plus entrega uma boa experiência de software, com fluidez e os principais recursos que a gente está acostumado a ver nos aparelhos da Motorola.
Bateria apenas ok, recarga excelente
O tamanho da reserva de bateria é outro ponto em que esse modelo empata com a maioria dos irmãos, mas perde para a versão Power. O Moto G7 Plus vem com 3.000 mAh de capacidade, o que é o suficiente para durar um dia inteiro longe da tomada com utilização moderada, incluindo uso de redes sociais e mensageiros, algumas fotos, músicas, vídeos e até jogar um pouquinho. Já se você for um usuário um pouco mais intensivo, que passa muitas horas consumindo streaming ou jogando online, aí provavelmente vai precisar de uma recarga durante a tarde.
O carregador TurboPower incluso na caixa desse modelo é ainda melhor que o dos irmãos. No evento de lançamento, a Motorola prometeu que ele conseguiria recarregar a bateria do celular de zero a 100% em 55 minutos, mas nos nossos testes o resultado foi superior e a recarga foi concluída em 51 minutos.
Mesmo assim, vale avisar que o cabo incluso na caixa tem conectores USB Type-C nas duas pontas, o que traz pelo menos duas desvantagens: a primeira é que, a menos que você tenha um power bank com entrada USB Type-C, provavelmente não vai conseguir usar esse cabo para recarregar o celular e terá que comprar ou um cabo extra, ou um acessório novo; e a segunda desvantagem é que isso dificulta um pouco as coisas na hora de ligar o celular a um computador, já que a maioria dos PCs também não tem a entrada apropriada.
Extras
No quesito áudio, o G7 Plus é o único da família que usa os dois alto-falantes para reproduzir mídia, o que diminui um pouco o incômodo quando a sua mão bloqueia o speaker na parte inferior do aparelho. Em geral, a qualidade do som é boa e o volume máximo é alto, mas nada muito impressionante. O fone de ouvido intrauricular incluso na caixa também tem boa qualidade e vem com borrachinhas extras para se adaptar a cada pessoa.
Sobre o leitor de digitais, vale dizer que, além de ficar em uma posição boa na traseira do dispositivo, ele é rápido e não teve problemas para reconhecer os dedos cadastrados.
Vale a pena?
O preço de oficial do Moto G7 Plus é de R$ 1,9 mil, mas pesquisando em varejistas online e pagando à vista podemos encontrá-lo a partir de R$ 1.670. Considerando esse valor de lançamento, por mais que o aparelho seja competente em vários quesitos, muitos concorrentes mais baratos acabam apresentando resultados parecidos, especialmente considerando opções do ano passado.
Por esse motivo, enquanto os preços do Moto G7 Plus não baixarem, ele só poderá ser considerado uma opção a ser levada em conta para quem fizer questão absoluta de adquirir um smartphone intermediário lançado em 2019.
-----
E aí, o que que você achou do Moto G7 Plus? Mande sua opinião e qualquer dúvida que tiver sobrado nos comentários, que vou tentar responder assim que puder. Também é possível falar comigo diretamente pelo perfil @Leobrjor no Instagram ou no Twitter. Se você ficou interessado, confira os links abaixo para encontrar os melhores preços. Clique aqui para instalar a extensão do TecMundo para o Chrome e aqui acessar a página do TecMundo Descontos e aproveitar várias promoções legais.
Opções de compra
Categorias